Quando Rita Marques fez o seu primeiro vinho, o Conceito Tinto 2003, pôs de parte 1200 garrafas, para reserva da família. Agora, para assinalar os 15 anos da Conceito Vinhos, este lote vai ser relançado, celebrando uma das colheitas que ficou na memória do Douro.
Rita Marques, jovem enóloga da Conceito Vinhos, uma empresa familiar sediada em Cedovim, no concelho de Foz Côa, é uma das caras da nova geração do Douro. Irreverente e inconformada, tem desafiado a região em toda a sua plenitude, explorando o seu inesgotável potencial. É assim há 15 anos, altura em que decidiu criar a marca Conceito.
Os primeiros passos foram dados aos 21 anos, quando ainda era estudante de Enologia, em Vila Real, depois de se ter mudado de Coimbra para cuidar das vinhas da sua família. Estas ficam localizadas no Vale da Teja, na sub-região do Douro Superior, que, na altura, ainda se afirmava como berço de grandes vinhos.
Rapidamente enfrentou a sua primeira vindima, em 2003, um ano que ficaria marcado pelo tempo atipicamente quente e seco que se fez sentir em Portugal e em toda a Europa. Mas, apesar das baixas quantidades, as uvas surpreenderam pela qualidade excecional, anunciando um ano clássico para o Douro.
Nascia assim o Conceito Tinto 2003, o primeiro vinho de assinatura de Rita Marques. Elaborado a partir de uma mistura de castas tradicionais do Douro (mais de 20), incluindo Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Amarela e Rufete, provenientes de vinhas velhas com mais de 80 anos, estagia 20 meses em barricas usadas de carvalho francês, o que lhe confere grande equilíbrio, boa acidez e volume.
De regresso ao mercado, 15 anos depois, o Conceito Tinto 2003 tem duas missões. Além de assinalar o aniversário da empresa e o início da carreira de Rita Marques, este vinho “vem demonstrar um facto que para nós era claro, mas que na altura não tinha sustentação em provas: os nossos vinhos melhoram em garrafa por um grande período de tempo. Apesar de poderem ser bebidos jovens, estes vinhos aguentam e vencem a prova do tempo e isso é importante para nós, é a demonstração cabal das nossas convicções e a confirmação do nosso caminho.”
Hoje o consumidor vai encontra-lo com taninos mais redondos e maior complexidade, sendo que o essencial permanece: “continua harmonioso, com boa acidez e a pedir lugar à mesa, ao lado de um bom cabrito no forno”, garante a enóloga. Ao mercado, chegam apenas 1200 garrafas do vinho que poderão ser encontradas em garrafeiras selecionadas. A distribuição é exclusiva da OnWine Distribuição Nacional.
Redes Sociais