Na Quinta Dona Matilde todos os vinhos são Field Blend. Para valorizar o património vitícola e dar universo à tradição portuguesa e do Douro dos vinhos mistura de castas
O rótulo da nova edição do Dona Matilde tinto ganhou o símbolo gráfico Field Blend, uma marca de identidade presente em todo o portefólio de vinhos da Quinta Dona Matilde.
Esta tradição do velho mundo vitivinícola, de Portugal e do Douro em particular, valoriza assim práticas ancestrais num contexto de modernidade e contribui para a afirmação internacional dos vinhos de lote.
A universalidade da expressão em inglês Field Blend é disso reflexo. Os vinhos produzidos a partir da mistura de castas conquistam apreciadores em diferentes partes do mundo, refere Filipe Barros, diretor de marketing e vendas da Quinta Dona Matilde: “A nossa família sempre produziu vinhos com mistura de castas, a começar no Vinho do Porto. Mantivemos esse registo quando passámos a produzir também DOC Douro e atualmente percebemos que é essa a nossa identidade e origem do reconhecimento que os nossos vinhos conquistaram. Os monovarietais não são o nosso caminho”.
A escolha enaltece e preserva as vinhas históricas da quinta, quase um século de idade, e outras mais recentes, com mais de duas décadas, plantadas igualmente com diferentes castas autóctones do Douro e a pensar na produção de vinhos tranquilos da região. Mesmo as mais recentes plantações, de 2017, mantêm o conceito de lote, a par da valorização de castas do terroir: Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Francisca, Tinto Cão e Tinta Roriz.
Produzido a partir de uvas colhidas em vinha localizada a uma altitude entre os 150 e 200 metros, o Dona Matilde tinto 2018 é exemplo da importância que o lote da vinha pode assumir em todas as gamas de vinhos. Este blend Dona Matilde tem, aliás, merecido atenção no mercado internacional, tendo a edição de 2017 ganho a medalha de ouro no Mundus Vini 2021.
“É verdade que parte do lote do tinto 2018 foi a barrica de madeira usada, mas as notas de prova com um ligeiro toque de fumados que este vinho apresenta são igualmente provenientes do próprio terroir”, contextualiza o enólogo da Quinta Dona Matilde, João Pissarra.
A vinificação em lote “oferece-nos contributos das diferentes variedades, adicionando ao vinho complementaridades de sabores que nos permitem alcançar uma complexidade surpreendente”, acrescenta João Pissarra, lembrando ainda a importância prática da mistura de castas na vinha: “A diversidade de variedades permite contornar perdas de colheita resultantes das intempéries de um ano e assegurar lotes de qualidade consistente”.
Dona Matilde tinto 2018 é um Field Blend produzido a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Francisca, Tinto Cão e Tinta Roriz, colhidas em vinha da quinta com 26 anos de idade. Parte do lote estagiou em barrica de madeira usada. Aroma muito intenso e fresco com notas de mentol, eucalipto e frutos pretos. Na boca é um vinho equilibrado, com taninos suaves apresentando uma boa frescura e um final de boca bastante persistente. Produzidas 25 mil garrafas.
Dona Matilde tinto 2018 Field Blend tem o PVP de 9,5€.
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