Três novos brancos durienses com uma boa dose de reinterpretação de tradições, um tinto Superior e uma aguardente bagaceira velha. Cinco estreias Costa Boal e ainda o (re)lançamento do tinto Homenagem 2011 para consolidar o portefólio Douro deste produtor, presente também em Trás-os-Montes e no Alentejo

O novo Costa Boal Undated branco junta na mesma garrafa uvas das vindimas de 2015, 2016 e 2018. Entre os pioneiros na criação de vinhos sem data de vindima, António Boal e o enólogo Paulo Nunes selecionaram para este projeto os melhores lotes de colheitas em adega, das uvas Códega de Larinho, Rabigato, Gouveio e Arinto, colhidas em vinhas do produtor de três diferentes proveniências no Douro (Murça, Porrais e Alijó).

O conceito desafia a ir mais além na tradição dos vinhos de lote e passa por aceitar o que a natureza dá e potenciar esse valor, numa interpretação e exercício criativo a que Paulo Nunes já nos habituou: “Os desequilíbrios que cada ano possa aportar ao vinho, pelas suas particularidades, podem ser colmatados ao juntar várias colheitas. Nesse sentido, a soma dos desequilíbrios é o equilíbrio”.

Este olhar implica um lado desprendido que “privilegia o que está dentro da garrafa” e permite escolhas abertas, explica o enólogo: “No caso do novo branco Costa Boal, percebemos que o equilíbrio estava nas colheitas de 2015, 2016 e 2018, mas podiam ser duas ou quatro colheitas. Não estamos vinculados”.

Ao novo branco Costa Boal Undated junta-se a estreia do Costa Boal Superior branco 2020 e do Costa Boal Superior tinto 2016. A nova aguardente bagaceira feita de uma seleção de bagaços oriundos dos vinhos Costa Boal e a edição 2018 do Homenagem branco fecham as novidades de outono da marca.

Colocadas no mercado as últimas mil garrafas do tinto Costa Boal Homenagem 2011, este vinho ícone da marca revela uma evolução enorme em garrafa e é simbólico do percurso da Costa Boal no Douro: vinhos de topo, com longevidade e na tradição dos vinhos de lote, a par de propostas menos clássicas e com apontamentos criativos.

“Na realidade, construímos o portefólio Douro ao contrário, começando pelo telhado e só depois fomos aos alicerces, às bases”, ironiza o produtor, António Boal, reconhecendo que este percurso invulgar nunca perdeu, no entanto, como horizonte “a construção do castelo no conjunto”.

Por isso mesmo, conclui, “este é um momento especial de consolidação da gama Costa Boal”, sempre “num posicionamento superior e topo de gama”.

Esta gama iniciou com dois vinhos de topo, um Porto tawny centenário e o tinto Homenagem do mítico ano de 2011, colocados no mercado em 2019 – neste caso, o produtor optou por colocar no mercado somente 1000 garrafas por ano, iniciando agora a venda do último conjunto de garrafas. Seguiu-se o lançamento de dois vinhos varietais, Tinto Cão e Sousão, e o branco de topo Costa Boal Homenagem. Com as novidades deste outono, acresce à gama o Costa Boal branco Undated, dois Costa Boal Superior branco e tinto e uma aguardente bagaceira velha.

Criada em 2009, a Costa Boal lançou os primeiros vinhos em 2011 e está presente em três regiões vinhateiras, Douro, Trás-os-Montes e Alentejo.

Atualmente, a Costa Boal possui vinhas em Alijó, Murça, Foz Côa, Mirandela, Miranda do Douro e Estremoz, algumas com várias dezenas de anos, outras plantadas na última década.

Costa Boal Undated branco

Idealizado a partir de uma seleção de barricas, este é um vinho blend de três anos distintos, produzido a partir das castas Códega do Larinho, Rabigato, Gouveio, Arinto. Apresenta uma simbiose aromática perfeita entre citrinos maduros, flores, especiarias e madeira. Na boca é aveludado, elegante e cheio, com um final persistente, longo e seco. Teor alcoólico de 13º. Edição limitada de 1300 garrafas.

PVP 50€

Costa Boal Superior branco 2020

Produzido a partir das castas Rabigato, Viosinho, Arinto e Fernão Pires, este branco Superior estagiou em barricas de carvalho francês entre 6 e 8 meses. Apresenta cor citrina e complexidade aromática em excelente conjugação com notas minerais. Na boca, revela corpo, elegância e uma acidez fina, bem presente e a equilibrar toda a estrutura e volume do vinho. Teor alcoólico de 13º. Edição de 3000 garrafas.

PVP 25€

Costa Boal Superior tinto 2016

Produzido a partir das castas Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Sousão, colhidas em Cabêda (Alijo) Cima Corgo e no Pocinho V.N. Foz Côa, Douro Superior. Este tinto Superior estagiou em barricas de carvalho francês entre 16 e 18 meses. Apresenta cor rubi vivo e aroma complexo, grande volume, acidez viva, muito bem integrada, e taninos de fino recorte. O seu final é muito longo, elegante e de elevada harmonia. Teor alcoólico de 14º. Edição de 6000 garrafas.

PVP 30€

Costa Boal Homenagem branco 2018

Produzido a partir de uvas colhidas numa vinha da Costa Boal localizada em Cabêda, Alijó, este é um vinho de parcela e de lote das castas Códega de Larinho, Rabigato, Gouveio e Arinto. Vinho de grande vivacidade e perfil muito fresco e elegante. estágio de 18 meses em barrica de carvalho francês. Teor alcoólico de 13º.

PVP: 65 euros

Costa Boal Homenagem tinto 2011

Produzido a partir de uvas das castas Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinto Cão e Sousão, colhidas na vinha da aldeia de Cabêda, Alijó. A frescura do lugar com altitude e afloramentos graníticos e o refrescamento com as castas Tinto Cão e Sousão resulta numa união harmoniosa e única. Produzidas 3000 garrafas, engarrafadas em 2018. Teor alcoólico de 14,5º.

PVP de 100 euros.

Costa Boal Aguardente Bagaceira velha

Produzida a partir de uma seleção de bagaços oriundos dos vinhos Costa Boal, a aguardente Bagaceira Velha Costa Boal é elaborada com dupla destilação lenta em alambique tradicional. Apresenta cor de mel e aroma delicado, perfumado e penetrante de bagaço, suavizado pelo toque da madeira. Notas leves de especiarias. Na boca é encorpado, com um sabor envolvente e aveludado e um final persistente. Teor alcoólico de 40º.

PVP: 40€