A entrada no renovado e clean Brac surpreende logo no primeiro impacto – transmite sensações de prazer, harmonia, bom gosto, qualidade e grande segurança no presente e convicção no futuro
Raramente tenho o despertar dos sentidos tão aguçado como quando entrei pela primeira vez no renovadíssimo restaurante Brac, em Braga. Propriedade de um amigo de longa data, este espaço sempre me cativou pelo reencontro, pela cozinha de conforto e uma invulgar abordagem num espaço com grande carga de prazer social.
As linhas marcantes de um arquiteto exigente, sensível e por vezes austero, conduziram à criação de um espaço de grande equilíbrio e bom senso, aspetos fundamentais na gestão equilibrada de uma vida com sentidos apurados.
O que lá se passa em termos gastronómicos coincide. Uma aposta redobrada numa cozinha reconfortante com base na cozinha tradicional, de cujas raízes nos precisamos também de reaproximar cada vez mais, transmite em simultâneo tudo o que mais necessitamos para um reencontro connosco próprios – princípio fundamental para o bem-estar com a vida.
Sem novo-riquismos exacerbados ou modernismos bacocos, reabriu agora um espaço social numa nova fase da vida, que nos inspira nesta batalha para um futuro ainda mais promissor, retirando lições de um passado obrigatoriamente pedagógico.
O Brac será um dos exemplos inspiradores que nos dará uma maior e renovada convicção da recuperação de uma área fundamental para o bem-estar social, num futuro próximo. A não perder nos novos momentos urbanos enogastronómicos.
Texto de Mário Rodrigues
Edição Rita Lisboa
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