A vigilância por parte das autoridades competentes à implementação da central de compras CINDIA- Intermarché e Grupo Dia, é uma solicitação da Centromarca.
A Centromarca – Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca – enviou uma exposição às autoridades competentes para acompanharem de perto a criação da CINDIA, a Central de Compras comum entre o Intermarché e o Grupo DIA.
Paralelamente, a Centromarca enquanto uma das maiores representantes das marcas fornecedoras da grande distribuição pediu um encontro com os responsáveis da CINDIA a fim de esclarecer algumas questões sobre a nova central de compras.
O cenário económico, a ausência de crescimento orgânico do mercado, a dinâmica concorrencial do sector do retalho alimentar em Portugal e a própria performance, nos últimos anos, destes dois operadores em concreto, fazem com que a constituição da CINDIA não seja surpreendente.
Contudo, em causa, tal como já aconteceu em França, poderão estar potenciais práticas penalizadoras que decorrem deste tipo de alianças – e que poderão apresentar riscos concorrenciais que podem prejudicar os fornecedores e consumidores, para além de se estar a proceder a uma reorganização do mercado da distribuição em Portugal sem que ocorra o necessário escrutínio.
A Centromarca não tem dúvidas de que a nova Central de Compras do Intermarché e Dia tem como objetivo aumentar o seu poder de negociação e a capacidade de imposição junto dos fornecedores.
“Estas alianças de compradores tendem a limitar a concorrência entre insígnias e a reduzir a diferenciação de marcas nas prateleiras. Por outro lado, alianças deste tipo pretendem obter vantagens negociais na relação com os seus fornecedores, sem, geralmente, preverem quaisquer contrapartidas efetivas e acabando por ter como consequência a exclusão de fornecedores de menor dimensão. Estas situações funcionam, também, como um forte desincentivo à inovação e ao investimento”, afirmou Pedro Pimentel, diretor geral da Centromarca.
Redes Sociais