A Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal – CVRPS criou uma nova categoria de vinhos da região: o Castelão Extreme, tendo como objetivo “preservar e valorizar as vinhas velhas da casta Castelão, em que a região é pródiga”, sublinha Henrique Soares, presidente desta Comissão Vitivinícola

Esta casta, uma das mais plantadas no país, ocupa atualmente 9.159 hectares, 40% dos quais estão na Região da Península de Setúbal, o que a torna na casta dominante na região.

Na sequência de mais uma atualização do registo vitícola da Península de Setúbal e da busca de vários produtores por parcelas de vinha velha de Castelão na região, a Comissão Vitivinícola da Península de Setúbal centrou a sua atenção sobre este “tesouro”, de onde concluiu que a região ainda preserva 342 parcelas de vinha velha de Castelão, com mais de 40 anos, que perfazem 600,28 hectares (16% do Castelão da região).

Segundo Henrique Soares, Presidente da CVRPS, “o nosso Conselho Geral decidiu assim, recentemente, que tínhamos de avançar para a preservação desta “mais-valia”, sob a forma de criação duma ‘marca coletiva’, da qual a CVRPS seria o detentor e o guardião, o que aconteceu no verão deste ano. Após o registo definitivo da marca e a aprovação do seu regulamento de utilização, em vinhos de Denominação de Origem Palmela e Indicação Geográfica Península de Setúbal, dentro em breve poderemos vir a certificar os primeiros vinhos habilitados a ostentar esta marca, sob o estrito controlo da Comissão Vitivinícola da Península de Setúbal, em parceria com o seu parceiro vitícola: a AVIPE (Associação dos Vitivinicultores de Palmela).”

Segundo o regulamento que define as condições de uso de desta nova marca, “Castelão Extreme”, a mesma só pode ser utilizada em vinho oriundo duma parcela de vinha integralmente plantada com a casta, isto é: 100% Castelão. O vinho assim obtido terá de cumprir um estágio mínimo de 36 meses, dos quais, poderão ser, pelo menos, 12 meses em garrafa.