Estas vinhas emblemáticas são a expressão máxima do terroir em que se encontram, criando vinhos de exceção, que refletem uma atitude e o culminar de um trabalho de uma década na Niepoort
Foi em 1990 que Dirk Niepoort produziu o primeiro Single Vineyard, a partir da vinha do Carril, que deu origem ao conceituado Robustus. Mas só agora, em 2021, com a ambição de equiparar o potencial dos vinhos portugueses aos grandes Single Vineyards do mundo, a Niepoort decide lançar pela primeira vez uma família de Single Vineyards, vinhos criados a partir de vinhas únicas, no Douro e na Bairrada. Com base em vinhas velhas com uma complexidade e qualidade únicas, como a Vinha do Carril, a Vinha da Pisca ou o Museu dos Lagares, no Douro, surgem vinhos que são a expressão máxima do seu “terroir” – como o Museu dos Lagares 2018, no Douro, ou ainda o vinho do Porto Bioma Vinha da Pisca. Da Bairrada, chegam-nos o Lote D e o Valle Louro, vinhos excecionais e com excelente potencial de guarda.
Toda a equipa de enologia da Niepoort – com Daniel Niepoort, Nick Delaforce (Vinhos do Porto), Luís Pedro Cândido (Douro) e Sérgio Silva (Bairrada) – empenhou-se neste projeto dos Single Vineyards, cujo objetivo é quase “engarrafar” a essência do terroir. Estes vinhos que agora são lançados representam o culminar de uma atitude e de um trabalho que a Niepoort tem vindo a desenvolver ao longo de anos – desde 2012 na Bairrada, desde 2007 na Vinha da Pisca, ou desde 1990 quando foi comprada a Vinha do Carril, que conta com vinhas centenárias e com grande variedade de castas, e é responsável por alguns dos melhores vinhos desta Casa centenária.
Para Dirk Niepoort, estes Single Vineyards, que apostam numa única vinha e não em lotes, vão recentrar os vinhos em torno da temática do terroir e do respeito pelo solo e pelo ADN do território. “Para fazer bons lotes de vinho, temos de entender e respeitar a vinha”, explica Dirk Niepoort, à frente da Casa Niepoort. “Mas há vinhas que têm uma personalidade tão própria, tão vincada, que merecem ser tratadas à parte”.
Assim nasceram as edições limitadas (entre 700 e 3000 garrafas) Valle Louro 2013 (Bairrada), Lote D 2014 (Bairrada), Lote D 2015 (Bairrada), Lote D 2017 (Bairrada), Museu dos Lagares 2018 (Douro), Turris 2018 (Douro), ou o especialíssimo Bioma Vinha da Pisca Vintage 2017, um Porto Vintage como não há memória.
Se tivesse que destacar apenas um dos Single Vineyards, Dirk escolheria o Lote D 2014, da Bairrada, pela sua improbabilidade. “2014 foi um ano miserável, de que ninguém gosta, mas este vinho, feito apenas com Baga, surpreendentemente brilha pela fineza, a elegância e a perfeição”, considera. Mas seria impossível não destacar o Bioma Vintage 2017, que reuniu todas as variáveis para um vinho perfeito, das condições climatéricas à vinificação.
É importante acrescentar que a Niepoort passa agora a integrar a exclusiva lista de produtores europeus que pertencem à Grapekeeper, que oferece aos enófilos a possibilidade de serem “produtores de vinho” e receberem o seu vinho em garrafas com rótulo personalizado, através do ‘aluguer’ de parcelas de uma determinada vinha. A Grapekeeper conta no seu acervo com um vasto ‘portfolio’ de vinhas sustentáveis nas regiões vinícolas líderes da Europa, e junta-lhe agora o Vale do Douro, através da reconhecida Vinha do Carril da Niepoort.
Estes Single Vineyards da Niepoort irão seguramente marcar o início de uma tendência crescente de regresso às vinhas e à essência do terroir.
O PVP do Single Vineyards é de 115€ e o do Bioma de 2500€.
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