Nasce no Alto Alentejo uma marca que tem na responsabilidade ambiental uma das suas principais missões, com vinhos e azeites extra-virgem de produção biológica e integrada, pouca intervenção e certificado vegan
“Era uma vez uma jovem, a mais nova de três irmãs, que decidiu mudar de vida e dar continuidade ao projeto de família do seu pai”. A história da Mainova, nova marca portuguesa de vinhos e azeite extra-virgem, poderia começar assim. Bárbara Monteiro ouviu durante toda a sua vida, por vezes a contragosto, que era a “mainova”. Agora, é ela o rosto de um projeto que começou em 2010 quando os seus pais adquiriram a propriedade da Herdade da Fonte Santa, no Vimieiro, Alto Alentejo.
Num terreno onde existia apenas um pequeno olival com cerca de 50 anos, plantaram-se 90 ha de oliveiras (Cordovil, Picual, Cobrançosa, Arbequina e Frantoio) e 20 ha de vinha – as castas foram escolhidas a dedo pelo patriarca da família com a ajuda do viticultor inglês David Booth e incluem apostas unânimes na zona mas também menos prováveis, como é o caso da Baga e do Encruzado. Escolhas que refletem o ADN irreverente da marca que tem como missão preservar a herança de gerações, mas sempre com os olhos postos no futuro.
“Poder abraçar este projeto foi um grande desafio, mas também uma oportunidade de dar seguimento a um sonho de família. Sou apaixonada por esta região e pelos seus produtos locais e por isso mudei a minha vida e saí da grande Lisboa sem pensar duas vezes”, afirma Bárbara Monteiro, ressalvando o “privilégio” de poder transmitir os valores da sua família em todos os vinhos e azeites, desde o produto à embalagem.
Disponíveis para venda na loja online do site oficial da Mainova, as primeiras referências da marca incluem seis variedades de vinho (tinto, branco e rosé) com três diferentes assinaturas – Mainova, Moinante e Milmat – e dois tipos de azeite extra-virgem – Clássico e Early Harvest. Em comum todos têm o facto de resultarem de uma abordagem sustentável, com regimes de produção biológica e integrada, o que, no caso dos vinhos, resulta em propostas com pouca intervenção, baixos sulfurosos e maioritariamente vegan.
Responsável pela elaboração dos vinhos, o enólogo António Maçanita, que desde 2008 não aceitava qualquer consultoria, explica que estes são vinhos muito diferentes daqueles que normalmente associamos a esta região. “Este é um Alentejo muito equilibrado, é um local bastante especial com vinha em formações de granito e xisto, o que resulta num vinho refletivo com uma abordagem muito pouco interventiva e respeito pela fruta. É um produtor novo e isso reflete-se numa grande liberdade de pensar, como podemos perceber pela escolha de algumas castas atípicas que garantem ao vinho boa acidez, estrutura e equilíbrio”, explica o responsável pela Fita Preta e Azores Wine Company.
Entre as seis referências de vinhos, encontramos o Mainova, o cartão de apresentação da marca, em versões branco 2019 (8,95 €) e tinto 2018 (9,95 €), que trazem a mais pura combinação dos solos de xisto e granito da propriedade. O Moinante, o rafeiro da Herdade da Fonte Santa, dá nome às propostas mais irreverentes de toda a gama: o branco curtimenta de 2019 (16,90 €) e o rosé 100% Castelão de 2019 (13,95 €). As mil matérias que enriquecem o solo são, por sua vez, a inspiração por detrás dos Milmat, os vinhos reserva com versões branco 2018 (19,90 €) e tinto 2017 (24,95 €).
À venda na loja online estão também os azeites virgem-extra MAINOVA, extraídos a frio e compostos exclusivamente por sumo de azeitona. Obtido a partir de uma conjugação de azeitonas verdes e maduras, o Clássico tem uma acidez baixa de 0,2% e está disponível em garrafa de vidro de 500 ml (5,90 €) ou em embalagem Bag-in-Tube de 3 litros (22,95 €) que protege o azeite utilizando menos 60% de plástico do que o convencional garrafão. Também com uma acidez de 0,2%, o Early Harvest é produzido a partir de azeitonas verdes colhidas no início da época e está à venda em garrafa em grés de vidro reciclado de 500 ml (15,95 €).
Com um profundo respeito pela Natureza e pelo ecossistema único do Alto Alentejo, a Mainova tem na responsabilidade ambiental uma das características definidoras da marca, procurando permanentemente reduzir a pegada ambiental não só através de métodos de produção sustentáveis como também no embalamento – o lacre substitui as cápsulas; as garrafas são maioritariamente de vidro reciclado e recicláveis; os rótulos de papel reciclado ou com maior percentagem de algodão e as caixas de papel reciclado e recicláveis, sem qualquer utilização de plástico nas tintas.
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