Desde a abertura do seu restaurante na Estrela, em 2016, que Alexandre Silva definiu que a entrada de novos pratos em cena se daria com naturalidade, mediante a criatividade da equipa e o que a sazonalidade trouxesse

O chef e a equipa do Loco têm cumprido esse compromisso, e apresentam agora algumas novidades nos dois menus, de 14 ou 18 momentos, que espelham o tempo presente do primeiro projecto em nome próprio do cozinheiro.

“Os pratos que temos neste momento compõem um menu mais coeso, com maior intensidade e mais português do que nunca”. É assim que o chef define o que de novo dá a conhecer no seu restaurante Estrela Michelin. A provar que é um homem de palavra, explica que “a sazonalidade é sempre o principal objectivo. É importante trabalharmos ao ritmo da natureza, nem mais depressa, nem mais devagar”.

Nos pratos que agora encontramos no Loco, Alexandre e equipa lançaram-se à aventura, com ingredientes que ainda não tinham trabalhado no restaurante, como o bacalhau (que apenas usavam no snack pastel/tártaro de bacalhau), o carabineiro ou o leitão. “A ideia de trabalhar produtos que a maioria dos restaurantes fine dining trabalha é, só por si, um desafio — o de fazer diferente e bem”, conta.

As novidades começam nos snacks, com a Ostra da ria de Aveiro com pêra rocha e bebida de côco, a Cavala marinada em miso de feijão, com tira de lardo e alface do mar (acompanhada por um dashi feito com as espinhas da cavala que é um mergulho no mar profundo, sem sairmos do lugar), o Brûlée de codium com sapateira, gel de caranguejo e água do mar, e o Rabo de boi com salsa, espuma de alho assado e molho bordalês.

Nos pratos principais, o que há de novo chega também da terra e do mar. O Carabineiro com molho ceviche traz companhia, um capuccino feito com as cabeças do peixe para sorver até à última gota, e o Bacalhau confitado (curado 13 meses) chega com puré de alho negro e emulsão das peles do bacalhau, o tipo de criações que resulta de muitas horas de experiência na cozinha ID do Loco, contígua ao restaurante. Já os Cogumelos silvestres vêm com caldo de mão de vaca infusionado com citronela e cedrat para aquecer este inverno, e há ainda Barriga de Leitão cozinhada 24 horas, com rolo de batata frita e molho de cogumelos fermentados e pimenta preta, com um sabor que não poderia ser mais português.

Nas sobremesas, Carolina Pereira, chef de pastelaria do restaurante, apresenta, orgulhosa, duas novas criações: Granizado de romã com redução de romã a 80%, gelado de côco e lascas de côco, e Puré de medronho com iogurte de cogumelos (sim!), toffee de malte, crocante de malte e medronhos em pickle.

No Loco há dois menus. O Descobrir tem 14 momentos e o valor de 96€, o Loco é mais completo, com 18 momentos a 112€. O wine pairing da autoria da sommelier Emília Craveiro acresce 70€.

Ainda antes de acender o Fogo, o seu próximo projecto que deverá abrir em Lisboa entre Março e Abril, Alexandre Silva traz-nos a criatividade de sempre em novos sabores, a provar que a Forbes USA não se enganou quando considerou o Loco “um dos locais mais cool para jantar em 2019”. Estão certíssimos! 

Rua dos Navegantes nº53-B
1250-731 Lisboa
www.loco.pt