Em estudo realizado e publicado no Brasil*, 80% do total de entrevistados em pesquisa acreditam que os vinhos nobres exigem a selagem com rolha de cortiça natural
Pesquisa recente, realizada pela Conecta, em conjunto com o Ibope, sondou os hábitos de consumidores de vinho em São Paulo. A pesquisa indica que o consumidor vê a importância do fechamento proporcional à qualidade do vinho. Dado obtido dos mais relevantes se refere à rolha de cortiça como elemento agregador de valor ao produto. Se um vinho é fechado com rolhas de cortiça, o consumidor tende a percebê-lo como de maior qualidade, em comparação com vinhos com outros tipos de fechamento, como rolhas de plástico ou as tampas de rosca (screw cap).
Ainda que para os mais jovens exista certa praticidade nas garrafas com este tipo de fechamento, a maioria também considera o vinho selado com rolha de cortiça como de melhor qualidade. Tanto que, segundo a pesquisa, o consumidor está disposto a pagar entre R$ 13,00 e R$ 15,00 a mais por um vinho cuja rolha seja de cortiça natural. O consumidor acredita, inclusive, que ela ajuda a preservar melhor o sabor do vinho.
Este fator se valoriza quanto mais alta é a camada social. A classe A, por exemplo, que consome vinhos mais requintados e bebe com maior frequência, vê no procedimento de fechamento com rolha de cortiça, além de mais qualidade, muito mais charme. O barulho da rolha saindo da garrafa é muito mais atraente do que o ato de abrir uma garrafa com tampa de rosca, ou screw cap. Inclusive, 80% do total de entrevistados acreditam que os vinhos nobres exigem a selagem com rolha de cortiça natural.
Sustentabilidade é uma outra questão relevante para 50% dos pesquisados. Esse dado é extremamente relevante, pois há uma tendência cada vez mais crescente quanto à conscientização ambiental na população.
O estudo, que ouviu 407 pessoas das classes A, B e C em São Paulo, teve como principal objetivo identificar a preferência do consumidor por algum tipo de fechamento específico das garrafas de vinho. Para tanto, foram ouvidas pessoas que tivessem consumido vinho nos três últimos meses. Do total de entrevistados, notou-se que dois terços deles compraram vinho nas duas semanas que antecederam à pesquisa. E dois terços também consomem, em média, vinho uma vez por semana.
*Texto publicado em Brasileiro
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