A prova dos vinhos é um exercício que me dá imenso prazer
por Mário Rodrigues
Jorge Manuel Soeiro e Silva Pintão, natural de Valadares em Vila Nova de Gaia, enólogo na Porto Poças estagiou no Château Giscours no Médoc -Bordéus, onde fez uma vindima, tendo também vinificado vinho branco numa empresa familiar alsaciana, em Sigolsheim.
Como e quando despertou para o mundo do vinho?
Desde a minha infância quando acompanhava o meu pai nas suas deslocações ao Douro. A vindima em particular era um período “mágico “ para mim.
Qual foi o seu maior desafio desde que teve início a sua atividade nesta área?
Um dos grandes desafios que tive foi a criação da linha de vinhos do Douro da Poças, iniciada em 1990 com o primeiro Coroa Douro tinto. Actualmente a gama possui os vinhos Coroa Douro – Branco e Tinto, o Vale de Cavalos – Tinto, Poças Reserva – Branco e Tinton e o Símbolo – Tinto
Que história, pelo absurdo e/ou interessante, tem desde que iniciou a sua atividade?
A minha atividade exige o treino do sentido do olfacto e do gosto, que não é usual fazer uso na maioria das profissões. A prova dos vinhos é um exercício muito interessante e que dá imenso prazer pelos produtos em si, assim como pela variedade de vinhos que existem.
Qual o melhor vinho que já teve oportunidade de provar e de que país?
Episodicamente tenho oportunidade de provar Portos tawnys velhos com idades próximas de cem anos que classifico de “divinais”.
Apreciei imenso beber numa refeição Château Haut Brion 1945, que apesar de na altura ter já 50 anos apresentava uma potência e uma “vida “ notáveis. Encantou-me também um Château d´Iquem, cuja data já não me recordo.
Qual o restaurante que lhe proporcionou uma experiência inesquecível e porquê?
O Restaurante Bull and Bear no Porto há anos, quando dirigido pelo Chef Miguel Castro Silva, cujos menus de degustação foram os que mais me impressionaram até hoje pela qualidade e criatividade da confecção.