A marca que desenvolve produtos à base de plantas – Meatless Farm – reforça a importância de uma alimentação variada, com mais alimentos de base vegetal

Com os efeitos das alterações climáticas e as medidas para os combater que  foram discutidos, no âmbito 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP26), torna-se, também, importante refletir no papel que a alimentação desempenha na luta pelo futuro do planeta. Neste sentido, a Meatless Farm – marca que produz alimentos alternativos à carne, de base vegetal e que tem como objetivo reduzir o consumo mundial de carne em 50 por cento – quer relembrar a importância de uma alimentação variada, através da inclusão de mais alimentos de base vegetal, para a promoção da sustentabilidade e biodiversidade do planeta.

17 mil milhões de toneladas. É esta a quantidade de gases de efeito estufa que são emitidos, anual e globalmente, no processo de produção de comida, de acordo com um estudo da Universidade de Illinois, publicado em setembro. O relatório concluiu, ainda, que a produção de carne é responsável pela emissão de mais 28 por cento de gases de efeito de estufa, comparativamente aos produtos de origem vegetal. Contudo, é possível diminuir este número de emissões, de uma forma significativa, se todos os consumidores reduzirem em, pelo menos, uma refeição de carne vermelha por semana. De acordo com Dr. Joseph Poore, no Reino Unido, através da implementação desta mudança, seria possível reduzir em quase nove por cento a emissão de gases de efeito de estufa produzidos pelo país (atualmente, Inglaterra é responsável pela emissão de cerca de 50 milhões de toneladas de gases de efeito de estufa).

Quando se fala no impacto da alimentação no planeta, este não passa, apenas, pela emissão de gases poluentes, mas, também, pelos recursos “consumidos”. No que diz respeito à água, e de acordo com o relatório “How to Feed the World in 5050”, das Nações Unidas, são precisos 15 mil litros de água para produzir um quilograma de carne, sendo, apenas, necessários 1,5 mil litros para produzir um quilograma de cereais. Já no que concerne ao espaço ocupado para a produção, com base nos resultados do National Food Strategy, publicado em julho, as plantações que dão origem a proteínas de base vegetal ocupam 150 vezes menos espaço que o seu equivalente em proteína animal.

78 por cento das famílias querem, cada vez mais, optar por escolhas sustentáveis. Esta é uma das conclusões de um estudo desenvolvido pela Meatless Farm, no ano passado, com o objetivo de perceber o papel da edução na alimentação sustentável das crianças. A marca de produtos alternativos à proteína animal descobriu que existem cinco barreiras à adoção de um estilo de vida mais sustentável, nomeadamente, o custo (66 por cento dos inquiridos acreditam que viver de forma sustentável é demasiado caro), a falta de educação ambiental, a transparência (69 por cento dos participantes acredita na importância da rotulagem do impacto ambiental dos produtos), existência de informação contraditória (58 por cento dos inquiridos acreditam que há demasiada informação conflituosa sobre como viver de forma sustentável) e pressão para fazer a escolha mais sustentável.

Quando todos os passos em direção a um futuro da alimentação mais sustentável e, consequentemente, do planeta, contam, a Meatless Farm acredita que o ponto de partida são os mais novos. Para isso, a marca comprometeu-se em educar cinco milhões de crianças, com idades compreendidas entre os quatro e 16 anos, a comer de forma sustentável até 2023. Mais informações sobre o projeto “Future of Food”, em https://meatlessfarm.com/future-of-food/.