Na “Riviera portuguesa” e com localização atlântica ímpar, temos aqui uma excelente cozinha com a chancela do chef Miguel Laffan, onde a proximidade oceânica e o aroma da maresia são transpostos para a mesa dos privilegiados comensais deste cativante e único restaurante.

A cozinha aposta nos sabores intensos, com uma carta que Miguel Laffan define como “democrática, consensual e que vai evoluindo assente no produto”. Nela, temos o reflexo do caráter pessoal do chef, integrando as especiarias, ervas aromáticas, citrinos e algumas influências do Japão, sempre suportada na sua experiência multicultural.

Vale a pena seguir os conselhos e sugestões gastronómicas. Algumas tivemos a oportunidade de degustar, como os magníficos pastéis de bacalhau acabados de confecionar; vieiras com cogumelos selvagens e sabayon trufado; escalope de foie gras grelhado com salada, beterraba e framboesa; um pregado com molho de caril e manjericão; ou uma costeleta de cordeiro com puré de aipo. De sobremesas, é de referir o ninho de chocolate ou a textura de framboesa e pistachio.

Com uma carta de vinhos interessante e uma lista de vinho a copo apresentada no início desta visita (e ainda a ser trabalhada), aqui as harmonizações são uma aposta em desenvolvimento e desde já com resultados assertivos.

Um restaurante que é um espaço imperdível na costa do Estoril, de construção belle époque, da qual se mantém a construção original, em casa contígua ao Intercontinental Estoril Hotel, a que pertence.

A dinâmica gestão deste grupo hoteleiro e a cativante e criativa cozinha do “inconformado” chef na procura incansável e constante da reintrepretação das raízes culturais portuguesas, criam condições merecidas para este espaço que já faz parte da história.

Uma jovem e dinâmica equipa de cozinha e sala integram e complementam este glamoroso espaço.

O chef Miguel Laffan é um profissional de grande referência no panorama gastronómico português, possuidor de 1 estrela Michelin.

www.ihg.com/intercontinental/hotels/gb/en/estoril/liset/hoteldetail

Texto de Mário Rodrigues
Edição de Rita Lisboa