A mais prestigiada revista norte-americana Wine Spectator destaca os Vinhos de Portugal nas suas listas de “melhores do ano” e que resultam dos milhares de vinhos de todo o mundo provados ao longo do ano
A qualidade dos vinhos nacionais voltou a ser reconhecida pela Wine Spectator que incluiu quatro vinhos na lista Top 100 (os melhores) publicada em Dezembro de 2016 e outros quatro na mais recente lista Top 100 Values (um equivalente “às melhores compras”), na edição de Janeiro/Fevereiro de 2017.
Numa análise global do ano de 2016, (incluindo as diversas classificações) o editor Mich Frank da Wine Spectator realça Portugal, referindo que “dos 473 vinhos de Portugal provados, 43% foram classificados com 90 pontos ou mais, testemunho da crescente qualidade dos vinhos de mesa.” De notar que dos 18.055 vinhos provados apenas 1% foram considerados “outstanding” quando Portugal teve 3% daqueles 473. Na segunda categoria “classic” a média foi de 35%, mas com Portugal a obter 40% ficando ao nível da França e apenas ultrapassado pela Áustria e Alemanha.
Quanto à lista do Top 100 Values a Wine Spectator explica “Porque os editores da Wine Spectator provam de forma cega, avaliam a qualidade sem qualquer conhecimento do preço. Adoram encontrar excelentes vinhos e ainda mais descobrir que esses vinhos são acessíveis. Uma das nossas principais tarefas é sugerir aos nossos leitores vinhos de alta qualidade a bons preços e destacamos estes vinhos de muitas maneiras ao longo do ano.”
Se na lista Top 100 os quatro vinhos portugueses foram avaliados com pontuação entre os 90 e os 94 pontos, agora na Top 100 Values, em que o critério base é a relação preço/qualidade, foram classificados 1236 vinhos com 90 ou mais pontos mas um custo abaixo de US$30. Nesta lista 6% (78 vinhos) são vinhos portugueses, encontrando-se Portugal à frente de países como Argentina, Chile ou até mesmo a Nova Zelândia.
Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, considera que “é uma confirmação da consistência de qualidade dos vinhos portugueses e este reconhecimento é fundamental para que os profissionais, sejam importadores, distribuidores ou restaurantes, se mostrem cada vez mais abertos a incluírem nas suas listas os Vinhos de Portugal. Apesar deste reconhecimento pela revistas da especialidade o caminho junto dos decisores de compra não é fácil e é ainda longo”.
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