Um tinto do Douro fiel às suas origens e à própria origem de uma Sogrape de outros tempos, numa eterna homenagem às gerações futuras, em que o vinho renasce, a história reconta-se e as memórias ganham vida a cada nova colheita
Legado foi idealizado por Fernando Guedes num dos seus longos périplos pelas vinhas da empresa no Douro. Assim que se deparou com a robustez e intemporalidade das vinhas velhas da Quinta do Caêdo, em Ervedosa do Douro, de imediato percebeu o seu potencial para darem origem a um vinho capaz de prestar um tributo sem fim a histórias, emoções, aventuras e saberes transmitidos por seu pai e passados por si às gerações seguintes.
Desde sempre um vinho longe dos padrões de perfeição, Legado representa um retrato fiel do Douro, a expressão de uma vinha velha que habita um cenário pré-filoxérico sem igual, onde mais de 20 castas ancestrais sobrevivem ao tempo em imponentes socalcos. São 8 os hectares de vinha que a cada ano recebem a visita de dois a três cavalos para o habitual movimento das terras, numa fase crucial de arejamento das camadas superiores do solo, e para a eliminação de ervas e outros infestantes, numa prática totalmente biológica. Mais tarde, na vindima manual que frequentemente acontece em várias etapas, colhem-se os frutos que darão origem a mais uma colheita.
Para Fernando da Cunha Guedes, atual Presidente da Sogrape e filho de quem o idealizou, «Legado é um vinho pleno de noção de tempo e lugar. Um vinho que aguardamos com ansiedade, pelas memórias que vai despoletar, e pela capacidade de nos transportar para um terroir idílico, onde as videiras com mais de 100 anos exigem o nosso cuidado, respeito e admiração».
Nas palavras de Luís Sottomayor, «2016 foi um ano com um inverno muito frio e chuva, e uma primavera também bastante chuvosa, não muito quente, o que causou incidência de doenças na vinha e consequente diminuição da produção. Mas o verão ameno, com temperaturas baixas sobretudo à noite, acabou por refletir-se no estilo dos vinhos deste ano, particularmente no caso de Legado». Já de si um vinho com uma acidez e frescura assinaláveis, Legado 2016 beneficiou destas condições ao revelar-se «um vinho que mantém o seu estilo e toda a complexidade, harmonia e elegância que lhe são bem conhecidas», acrescenta.É, pois, um Legado que faz jus à qualidade dos seus antecessores, numa nova colheita que «reforça ainda mais todos os seus atributos e com um potencial de evolução em garrafa mais longo dadas as características peculiares do ano», conclui Luís.
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