Este vinho sai de uma das quintas mais importantes da região do Dão, em Nelas, cujas vinhas se estendem ao longo das margens do rio Mondego, o que se reflete na frescura e elegância que este néctar transmite
O aroma envolvente do eucalipto e pinheiro que rodeia e percorre estas vinhas fazem a diferença e marcam positivamente as características deste vinho.
Esta região faz parte da mais antiga denominação nacional de vinhos de mesa e é berço de uma das mais afamadas castas portuguesas (a Touriga Nacional), a qual integra também este néctar com 85%, juntando-se com 5% cada, castas também da região, como Jaen, Alfrocheiro e Tinta-Roriz, num blend perfeito, cheio de corpo e intensidade aromática e excelente final de boca. Este é um vinho que pela sua interessante acidez denota uma possível evolução e interessante vida em garrafa.
A madeira está muito bem integrada, com estágio em barricas de carvalho francês, onde a fruta vermelha e preta marca persistentemente o final de boca e contribui para as harmonizações com pratos excelentes que o poderão acompanhar. Aqui temos um bom exemplo de vinho que bem integrado valoriza e transforma, sem dúvida, uma magnífica refeição.
A cozinha com base em pratos elegantes de carnes, caça, enchidos sem demasiada gordura e queijos de cura moderados, são um conselho a seguir.
A enologia de Joana Cunha (membro da família proprietária da Quinta do Mondego) vive, honra e marca positivamente os vinhos aqui produzidos, respeitando todas as características naturais da vinha e de toda a sua envolvência, contribuindo para um terroir ainda mais marcante.
Quinta do Mondego Tinto 2013 integra a garrafeira de inverno do Jornal Público, tendo sido um dos vinhos eleitos pelo Painel Nacional de Avaliação de Vinhos do Alivetaste.com.
Mário Rodrigues
Escreve sobre gastronomia e vinhos e é fundador do Alivetaste.com
Membro fixo do Painel Nacional de Avaliação de Vinhos do Alivetaste.com
Edição Rita Lisboa
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