Inspirado na casta rainha de Châteauneuf-du-Pape, o restaurante de Philippe Gelfi, o Grenache, inserido no renovado Palácio Belmonte, no número 12 do Pátio de Dom Fradique, traz o savoir faire da haute cuisine francesa ao bairro mais histórico de Lisboa

Grenache team – Foto de Marc Vaz

A poucos metros do Castelo de São Jorge, o pequeno restaurante propõe uma cozinha cheia de técnica clássica, na qual a fusão dos sabores e das texturas são o foco de cada um dos pratos artísticos preparados pelo chef Philippe Gelfi.

O nome Grenache revela a origem do jovem chef, é uma casta tinta que foi introduzida na zona de Avignon, mais precisamente em Châteauneuf-du-Pape, no século XIX, e onde hoje em dia é a casta mais utilizada.

Após um percurso que levou Philippe Gelfi a trabalhar em casas de grande renome, de norte a sul de França, tais como o restaurante Christian Etienne, com uma estrela Michelin, em Avignon, o grupo Pierre Sang em Paris e o restaurante do célebre Hotel La Réserve em Paris, com duas estrelas Michelin, o chef procurou alargar os seus horizontes.

Convidado por Frédéric Coustols, proprietário do Palácio Belmonte, para explorar o restaurante do hotel, Philippe e sua equipa abriram as portas do Grenache em Maio 2019. Aqui não encontra uma cozinha tipicamente francesa, mas sim uma cozinha de autor audaz, que segue a sazonalidade dos ingredientes ao ritmo da Natureza. Philippe, cuja ambição é obter uma estrela Michelin com este projeto, explica o conceito de forma simples, “utilizo a técnica e o savoir faire francês e os melhores produtos portugueses”. Quanto ao serviço, este é descontraído, lembrando a atmosfera de um bistro.

A decoração, com toques metálicos e de couro, é sóbria e calorosa. As mesas e as cadeiras, bem como a loiça e os talheres, que também vieram de França, dão um toque quase industrial ao interior, onde aarte faz parte do AdN e a playlist é um complemento.

O menu à la carte propõe quarto entradas, quarto pratos e três sobremesas, todos apresentados com rigor e criatividade dignos de um grande artista. Nas entradas destacam-se os raviolis de ricota, alcaparras e azeitonas, tomate cherry e água de tomate (14€) e o carpaccio de dourada, supremo de clementina, gel yuzu e vinagrete de citrinos (14€).

Nos prato principais encontramos o peito de frango cozido a baixa temperatura, cannelloni de curette e queijo de ovelha, molho supremo de estragão (21€), e o lombo de porco preto, textura de batata, molho de carne e anchova (23€).

Existem ainda três sobremesas que incluem um prato de queijo e um cremoso de chocolate e lima, gelado de popcorn e pimento, folha de cacau crocante (11€). Quem preferir, pode escolher um dos menus degustação, com seis (64€) ou oito pratos (82€).

Como o nome indica, o vinho é uma parte intrínseca à cultura do Grenache. Com cerca de 100 referências, a carta dos vinhos é um dos destaques do restaurante. Esta propõe uma vasta seleção de vinhos franceses e portugueses, entre os quais encontramos alguns grandes nomes franceses tais como La grange des Pères, Château des Tours d’Emmanuel Reynaud, Lafarge, David Léclapart e Krug. “Somos apaixonados de vinho, daí o nome do restaurante”, explica Quentin, “e pela sua ligação às nossas raizes”.

Grenache
Páteo Dom Fradique, 12.
1100-624 Lisboa
Aberto ao almoço e o jantar de terça a Sábado e Domingo ao jantar.
grenache.pt