Depois de lançada em Maio de 2017, a cerveja artesanal ‘La Rosa IPA’ chega agora ao mercado com uma “receita” melhorada, à qual se junta a primeira edição da ‘La Rosa Lager’. Ambas fazem parte de uma das mais recentes apostas da Quinta de la Rosa, a propriedade vitivinícola localizada no Pinhão, em pleno Douro vinhateiro.
A produção cervejeira é feita na adega que detêm em Sabrosa, onde foram criados espaços próprios: um laboratório de análise específico para este produto e um contentor frigorífico para manter a temperatura da cerveja no ponto. A venda das cervejas ‘La Rosa’ fica a cargo da conceituada DCN Beers, empresa com 25 anos de experiência na importação e distribuição de cervejas artesanais, que provou e aprovou este “projeto”, destacando a drinkability das cervejas La Rosa.
A ‘La Rosa IPA’ (7,0%; €3,50) apresenta uma cor “dourado acobreado” e, na boca, notas de frutos cítricos, como a laranja e o maracujá, mas também nuances florais, características provenientes dos lúpulos utilizados e das barricas onde estagiam. É uma cerveja encorpada, com um pronunciado amargor, o que a torna fresca e fácil de beber. Produzida em pequenos lotes de cerca de 1000 litros cada, esta cerveja é feita a partir de cevada maltada Maris Otter adicionada a uma variedade de lúpulos e fermentos, alguns dos quais são acrescentados ao longo das várias fases de produção. Esta cerveja fermentou e estagiou em barricas de carvalho novas, por onde apenas havia estagiado o ‘La Rosa Reserva branco 2017’, factor que a torna singular e com cariz duriense.
O dourado, desta feita mais claro, dá cor à ‘La Rosa Lager’ (5,5%; €3,50). No palato denota acidez e um ligeiro aroma floral que, no conjunto, resulta num equilíbrio perfeito, deixando o paladar fresco e prolongado. Apesar de complexa, é de fácil consumo. A produção é feita em pequenos lotes, de cerca de 1000 litros cada, onde é utilizada a cevada Maris Otter com variedades de lúpulos e fermentos. Nesta, a fermentação ocorre em cubas de inox, durante 10 dias e a uma temperatura de 10.ºC.
Sobre este novo negócio da empresa duriense, é de salientar, para além do papel da gestora Sophia Bergqvist, o dos seus “mestres cervejeiros”: Philip Bergqvist (irmão de Sophia e ambos proprietários da Quinta de la Rosa); Kit Weaver (24 anos, é filho mais velho de Sophia); e Jorge Moreira (enólogo da Quinta de la Rosa). Mas não só! Porque tudo começou com um La Rosa outsider, mas mestre na matéria.
“Tenho um amigo que é mestre cervejeiro em Cambridge. Chama-se Richard Naisby, da The Milton Brewery, e todos os anos vem ao Porto jogar cricket, segundo depois para uns dias de descanso na Quinta de la Rosa. Num desses momentos ‘em família’ aqui na quinta começamos a falar de cerveja e no facto de alguns produtores de espumante, em Inglaterra, estarem a estender o negócio à cerveja. Então, pensei em aproveitar as cubas de inox que usamos no vinho para a cerveja. O meu irmão e o meu filho ficaram de imediato muito interessados em avançar com o projecto. O Jorge Moreira também”, explica Sophia Bergqvist.
Perante tamanha ousadia, os “homens de Sophia” – Philip, Kit e Jorge – rumaram a Cambridge para aprender, de fio a pavio, o processo da produção cervejeira com Richard Naisby. Sem o homem que incorpora o vinho do Porto da Quinta de la Rosa na produção da sua cerveja preta Markus Aurelius Stout, a excelência das cervejas La Rosa não teria sido a mesma.
Seguindo a visão criativa e inovadora a que já nos habituou, Sophia Bergqvist abriu, assim, caminho para uma nova aventura logo após a abertura do então novo restaurante Cozinha da Clara, em Maio de 2017. Estava, assim, traçado o caminho para a produção de duas cervejas artesanais: ‘La Rosa IPA’ e ‘La Rosa Lager’. A ‘La Rosa Stout’, que será feita com um vinho do Porto muito especial – o ‘Quinta de la Rosa Vintage’ – sairá para o mercado ainda este ano.
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