Organizado pelo Alivetaste, o produtor do Douro (da localidade de Mós em Vila Nova de Foz Côa) apresentou os seus vinhos no restaurante Brac, em Braga, onde a excelente e conhecida cozinha de conforto deste espaço serviu para provar e harmonizar os elegantes vinhos do produtor duriense.
A história da Polibago (nome da empresa de Luís Polido) começou em 1993, altura em que decidiu largar a vida de outros tempos e dedicar-se ao vinho, começando com a plantação de 2200 pés. Em 1998 plantou a primeira vinha com 2ha, que em 2008 passou a 3ha, em 2014 para 5,2ha e em 2015 chegou a quase 10ha.
Dada a dimensão da vinha, decidiu contratar o enólogo Rui Carrelo (com um currículo que englobava alguns produtores de referência), tendo já os vinhos dos últimos anos a “marca” evidente do trabalho deste enólogo, apologista de que a intervenção na adega deve ser mínima, sempre que possível.
Agora apresentou os vinhos Sambado 2015 e 2016. Este último já apresenta evidência de um trabalho mais marcante de Rui Carrelo, onde a elegância e a fruta estão bem presentes, sendo o equilíbrio da acidez e a integração da madeira interessantes.
Os Filão da Grixa tinto reserva de 2012 e 2014, foram os dois outros vinhos apresentados. Das castas touriga franca e touriga nacional, as caraterísticas das castas estão bem evidentes, sendo bem frutados e florais nos aromas. Os taninos evidentes e persistentes dão-lhes um longo final de boca, assim como a promessa de terem uma interessante evolução em garrafa.
Com as vinhas a uma altitude de cerca de 450m e uma produção de 25.000 garrafas, estamos perante um pequeno produtor duriense com vinhos que transmitem e respeitam o marcante terroir da região em que estão inseridos.
Texto de Mário Rodrigues
Edição de Rita Lisboa
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