O vinho a copo é uma forma de dar ao consumidor a oportunidade de provar vinhos diferentes e muitas vezes a hipótese de abordar vinhos mais caros.
João Nicolau de Almeida natural de Porto, um dos mais brilhantes e carismáticos enólogos portugueses, diplomado em enologia, Química Agrícola e Provas, pela Universidade de Bordéus, tem um currículo verdadeiramente admirável. Condecorações oficiais da Republica Portuguesa e Francesa, diversas eleições e nomeações como Homem, Personalidade do Ano e Enólogo do Ano, em Portugal e no estrangeiro e condecorações nacionais e internacionais, fazem parte da história de uma indiscutível e incontornável personalidade Portuguesa do mundo do vinho. Administrador da Ramos Pinto que possui uma das emblemáticas quintas do Douro, a Ervamoira a primeira quinta vinhateira a usufruir do título de Património da Humanidade. É filho de Francisco Nicolau de Almeida, o criador do famoso vinho Barca Velha.
Como e quando despertou para o mundo do vinho?
Desde sempre estive no vinho. Venho de duas famílias do vinho: Ramos Pinto e Nicolau de Almeida
Qual o seu percurso?
Fui para Bordéus em 1970 para estudar enologia e, na volta, ingressei na Ramos Pinto em 1976.
Quais foram os seus maiores desafios?
Juntar a vinha ao vinho e entrar no mundo BIO!!
O que acha mais relevante na evolução do Mercado dos vinhos em Portugal?
Hoje em dia há um conhecimento muito mais significativo da parte dos consumidores. Toda a gente fala de vinho. Por outro lado a oferta é hoje muito maior e de qualidade superior.
O que pensa do serviço de vinhos nos restaurantes?
Nos restaurantes, o serviço de vinho melhorou bastante mas ainda falta um pouco para se chegar ao topo. Além disso, parece-me que os jantares vínicos nos proporcionam contactos muito importantes entre os produtores e os chefes, e esses contactos são fundamentais para trazer o vinho para mesa, colocando-o como parte da refeição e tratando-o como merece ser tratado.
Qual a sua opinião sobre o serviço de vinho a copo?
Acho muitíssimo bem que se faça desde que seja bem feito. É uma forma de dar ao consumidor a oportunidade de provar vinhos diferentes e muitas vezes a hipótese de abordar vinhos mais caros.
Que vinho inesquecível teve oportunidade de provar?
Muitos. Há brancos, tintos, rosés, etc, fenomenais! Hoje já não existe: Aquele vinho é que é bom!” Há tantos…
Qual a experiência em restaurante que melhor o impressionou?
Os restaurantes que mais me impressionam são sempre os que me oferecem produtos simples mas de boa qualidade. Uma boa batata é uma delícia!
O que acha da penetração dos vinhos Portugueses no Mercado mundial?
Acho que já não é sem tempo. Finalmente começam a chegar ao conhecimento e à aceitação dos profissionais mas ainda há um grande caminho a percorrer até chegarmos ao consumidor estrangeiro.
O que considera importante e esteja por fazer nos vinhos em Portugal?
Considero que ainda nos falta criar uma imagem sólida e de qualidade para os vinhos portugueses.
por Mário Rodrigues
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