Educar o paladar da juventude, atual e futuro consumidor, será sem dúvida uma boa aposta
É sabido da apetência desde sempre e com tendência para aumentar, do consumo de álcool pelos jovens. Em regra são as bebidas brancas que maior saída têm, muitas vezes em cocktails verdadeiramente explosivos e nada saudáveis.
A grande maioria destas bebidas são importadas, representando uns largos milhões de litros que significam outros tantos milhões em euros que literalmente também se evaporam, traduzindo-se na saída de divisas do país que tanta falta faz.
Somos um dos excelentes produtores de vinho mundiais e seria uma boa e sensata opção começar a educar o gosto da juventude Portuguesa, através da introdução do hábito do consumo do vinho de mesa e Porto, aprendendo a fazer cocktails ou simplesmente a apreciar às refeições em substituição das tais bebidas brancas ou de quaisquer outras, mostrando também as vantagens no consumo moderado dos vinhos. E deixemos de ser hipócritas afirmando que esta sugestão é promover o alcoolismo na juventude, pelos motivos que já aqui referi.
Será pois de louvar, que as entidades que têm como atividade a promoção dos nossos vinhos passem a ter este papel também no mercado interno, fazendo ativamente provas junto dos locais frequentados pelos estudantes universitários e criando iniciativas ao longo do ano em que a bebida seja os vinhos Portugueses. Temos tido um excelente exemplo da Viniportugal com a promoção do vinho a copo em iniciativas urbanas diversas.
Não tenho dúvida que esta mudança de atitude levaria a que se gastassem menos uns milhões em importação de bebidas, mais uns milhões a circularem no mercado interno e acima de tudo na educação do gosto por um produto genuíno que é o vinho que se traduzirá no futuro num maior consumo interno de produtos nacionais. Educar o paladar da juventude, atual e futuro consumidor, será sem dúvida uma boa aposta. Seguramente que o consumo moderado de vinhos será sempre mais saudável do que o consumo de bebidas alcoólicas com grandes graduações e em misturas que são verdadeiros atentados à saúde pública.
Os jovens, os pais, os produtores e a economia nacional, agora e no futuro, ficarão agradecidos.
por Mário Rodrigues
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