Nem todos os heróis usam capa. Por estes dias, em Portugal e no mundo, vestem batas e trabalham dia e noite, ininterruptamente, para salvar vidas e conter um surto que parece incontrolável
É a eles, aos profissionais de saúde, que se destina a plataforma Food for Heroes, criada por um conjunto de jovens empreendedores da área da restauração que decidiram juntar-se por um objetivo comum: o de distribuir refeições gratuitas pelos hospitais portugueses.
Aruki, Chickinho, Home Sweet Sushi, Sushi at Home, Pasta Non Basta e The Burger Guy são as marcas por trás da iniciativa que coloca de lado a competitividade do negócio em nome da solidariedade e cooperação que a conjuntura atual exige. Por isso, enquanto o Estado de Emergência permanecer em vigor, têm como missão oferecer a todos médicos, enfermeiros ou técnicos de saúde algum conforto através da comida.
As refeições são entregues diariamente e têm como destinatários hospitais do Sistema Nacional de Saúde e privados, anormalmente sobrecarregados devido ao surto de COVID19, que as solicitem através do email [email protected]. Após o pedido, toda a logística fica a cargo dos restaurantes associados, desde a confeção da comida ao embalamento e transporte – sempre respeitando as mais apertadas regras de higiene e segurança. De reforçar que, devido ao elevado número de solicitações, o pedido não é vinculativo e carece sempre de uma resposta com a respetiva confirmação da entrega.
Esta é uma iniciativa que tem também um importante impacto junto das equipas dos restaurantes, que, numa altura particularmente difícil, encontram uma motivação extra na ajuda aos profissionais de saúde – estafetas, cozinheiros ou administrativos, todos têm hoje um trabalho consideravelmente mais impactante, consequente e profícuo na área da responsabilidade social do que acontecia antes do início da crise.
Numa fase inicial, a Food For Heroes conta com seis restaurantes a operar apenas na área de Lisboa, mas o objetivo é o de estender a ação a todo o país de forma a conseguir chegar ao maior número possível de hospitais. Por isso, a organização apela a que mais projectos da área da restauração, e provenientes de qualquer zona do país, se juntem à iniciativa. O único requisito é a vontade de ajudar quem mais ajuda o País.
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