O regresso de uma relíquia única do Alentejo, bordada pelo tempo, que eleva a casta Alfrocheiro a um novo patamar de excelência

Um dos tesouros mais bem guardados da equipa de enologia da Ravasqueira volta a ver a luz do dia: nove anos depois da colheita que lhe deu origem, pacientemente trabalhado, com sabedoria, arte e paixão, o espumante Ravasqueira Grande Reserva Brut Nature 2015 dá-se a provar. Complexo, rico e equilibrado, como os grandes espumantes.

Ali mesmo ali ao lado, as mãos hábeis das artesãs bordam com paciência e rigor, os ricos e ancestrais tapetes que recebem o nome da terra e que se afirmam como uma das peças mais simbólicas e valiosas da cultura e da alma alentejanas. Ponto a ponto, os tapetes de Arraiolos vão desenhando uma geografia própria, trabalhados com se de peças de filigrana se tratassem. A poucos quilómetros da vila, a equipa de enologia da Ravasqueira faz uso da mesma sabedoria de muitos séculos para conceber outra relíquia, que, à sua quarta edição, também já se assume como uma referência da região: colhendo à mão os cachos certos de uvas tintas da casta Alfrocheiro, pacientemente trabalhando a complexidade do vinho base, gerindo com mestria o seu estágio e aplicando toda a sabedoria na escolha do momento certo para dar a provar ao mundo o seu espumante Grande Reserva.

Eis que dois anos após o último lançamento (a colheita de 2014), chega o novo Ravasqueira Grande Reserva Brut Nature 2015, nove anos depois da colheita, quatro anos de estágio em garrafa e com degórgement feito em abril passado. É, para os enólogos da Ravasqueira, aquela peça nobre que “cuidamos, admiramos, provamos, analisamos e, só depois de completamente burilada e trabalhada nos mais ínfimos detalhes, permitimos que seja lançada para o mercado”, afirma David Baverstock, Chairman Winemaker da WineStone, que integra no seu portefólio a Ravasqueira.

Feito exclusivamente de uvas da casta Alfrocheiro, vindimadas à mão e provenientes de uma pequena parcela de 1,7 hectares de vinha da casta Alfrocheiro cultivada desde o ano 2000 no Monte da Ravasqueira, é, como refere o enólogo, “um espumante de eleição, em que o tempo de estágio e a casta lhe dão a complexidade e a prova muito características dos grandes vinhos”. Lembrando o investimento – em tempo, e dedicação – que, na última década, a sua equipa tem dirigido ao Alfrocheiro, David Baverstock refere que se trata de “uma casta que tem, em Arraiolos, as condições ótimas de terroir para vinhos de grande qualidade, seja base espumante ou tintos”.

Escolhidos os cachos com maturação mais atrasada, com o objetivo de obter uma base de espumante com mais acidez, baixo álcool e carácter mais neutro, é feita uma ligeira prensagem, com a equipa da Ravasqueira a fazer a primeira fermentação em pequenas cubas de 2.500 litros. Depois, seguem-se anos de afinado e rigoroso cuidado, com grande tempo de estágio, produzido de acordo com o método tradicional, com a segunda fermentação em garrafa, em condições ótimas, onde estagia sobre as borras durante 48 meses.

Em prova, demonstra “o estágio prolongado, que contribuiu para um perfil cremoso, complexo e estruturado e que é equilibrado por uma acidez viva e afinada. Tudo envolvido por uma bolha muito fina e persistente. Aromaticamente encontram-se notas de fruta cristalizada e menta em conjunto com notas de estágio como o brioche e biscoito”, aponta David Baverstock, que, também por isso, enaltece o “perfil gastronómico sofisticado” deste Grande Reserva.

Como os tapetes de Arraiolos a que presta homenagem, no labor dedicado e nos elementos gráficos de cada garrafa e da caixa que a envolve a fazerem lembrar os detalhes ricos destas peças ancestrais, este vinho faz da sabedoria, da paixão e da arte a sua receita para a excelência. Uma relíquia para acompanhar um momento especial ou para reservar na garrafeira e brindar no futuro.

O espumante tem um PVP recomendado de 48 euros e apenas 3.280 garrafas serão lançadas.

Ravasqueira foi um dos produtores selecionado que este presente no Alivetaste24