É das uvas selecionadas da vindima de 2016 que emerge este Grande Reserva tinto, sendo um reflexo do terroir que nos seduz e transporta para o berço dos vinhos da Casa Burmester: a Quinta do Arnozelo
Lançado sob a chancela de qualidade da Casa Burmester, o Quinta do Arnozelo 2016 nasce das cepas plantadas em socalcos soalheiros, de solo xistoso, que descem a encosta da Quinta do Arnozelo até encontrarem a margem esquerda do rio Douro.
Situada entre São João da Pesqueira e Vila Nova de Foz Côa, na sub-região do Douro Superior, as origens históricas da Quinta do Arnozelo invocam tempos longínquos. Já durante a ocupação romana se explorava a excelência das terras que hoje constituem esta Quinta, sendo disso prova o lagar de azeite dessa época.
Atualmente com 200 ha de área total, dos quais 100 ha de vinhas, a Quinta do Arnozelo conserva ainda espaço para oliveiras, laranjeiras e uma extensa zona de vegetação autóctone, habitat natural da fauna típica da região, contribuindo desta forma para um maior equilíbrio do ecossistema.
Ricardo Macedo, enólogo responsável pelos vinhos tranquilos da Sogevinus, foi o maestro desta composição que prima pela pureza da fruta e pela singularidade de um blend que refletiu o ano de vindima.
“Em 2016, a performance da Touriga Franca, proveniente de diferentes talhões da Quinta do Arnozelo, foi de tal forma excelente que optámos por vinificá-la separadamente”, explica Ricardo Macedo. “À estrutura e concentração da Touriga Franca, proveniente de altitudes entre os 250 e os 350m, aliámos a riqueza aromática da Touriga Nacional, a elegância da Tinta Amarela e a acidez do Tinto Cão para criar um vinho que traduzisse a personalidade destas castas na especificidade do terroir da Quinta do Arnozelo”, acrescenta.
De profunda cor púrpura, apresenta um aroma estratificado que se desdobra em vagas sucessivas de fruta preta madura, notas florais e especiarias. Seduz pela sua elegância, estrutura sólida e um final fresco com algumas notas mentoladas reflexo do seu terroir e envelhecimento.
Uma edição limitada e numerada de 1.235 garrafas. Um exclusivo lançado no final de 2020, que promete transportar-nos para a “encosta espraiada de cepas a olhar o rio ao fundo e o céu lá alto…”, como um dia escreveu Miguel Torga (in Vindima, 1945).
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