O Leilão da José Maria da Fonseca a cargo do Palácio do Correio Velho, decorreu dia 25 de Outubro, na casa Museu da José Maria da Fonseca, supera expectativas e rende 67 mil euros
O quarto Leilão do século XXI da José Maria da Fonseca ultrapassou as expectativas, rendendo mais de 67 mil euros. No total foram 126 garrafas leiloadas, divididas por 35 lotes, de onde se destaca o Apothéose Bastardinho, licitado por 4.500€, e o Moscatel Roxo de Setúbal Superior de 1918, cuja garrafa chegou aos 900€. O centenário Moscatel Roxo de Setúbal, engarrafado propositadamente pela família para este leilão, homenageia os 100 anos do nascimento de Fernando Soares Franco, rosto da 5ª geração à frente da José Maria da Fonseca, e simultaneamente celebra os 184 anos da empresa através do número de garrafas numeradas, das quais apenas 100 foram a leilão. Limitado a 120 lugares, o leilão despertou a atenção de especialistas, colecionadores e apaixonados pelo vinho, que cedo esgotaram as reservas.
Para António Maria Soares Franco, vice-presidente, administrador e representante da 7ª geração da família, ‘o interesse e adesão que este Leilão provocou bem como o resultado final, veio reforçar o caminho e o compromisso da José Maria da Fonseca na preservação do património cultural e histórico da produção de vinhos únicos em especial dos Moscatéis de Setúbal. Enquanto empresa história, herdeira de um património único de Moscatéis de Setúbal, temos o compromisso não só de preservar, mas também de partilhar, sendo os leilões um momento único de partilha, interação e valorização.’
Para além do exclusivo Moscatel, estiveram também em Leilão diversas colheitas antigas de Moscatel de Setúbal e aguardentes e uma garrafa de Apothéose – um Bastardinho de Azeitão com mais de 80 anos, do qual irão apenas ser produzidas 40 garrafas e que chegará ao mercado em breve.
A José Maria da Fonseca possui um património ímpar de Moscatéis de Setúbal, assumindo com isso uma enorme responsabilidade na preservação não só da coleção de colheitas que cuidadosamente envelhecem na Adega dos Teares Velhos como na preservação do património cultural e histórico da produção de Moscatéis de Setúbal. Parte desta cultura mantém-se viva com a continuação das tradições como é o caso das seculares provas e classificações de cada colheita, que até hoje são marcadas em determinadas categorias, ora por letras, ora por palavras, como dos Leilões de Moscatel de Setúbal da José Maria da Fonseca. Iniciados no século XIX, estes leilões foram frequentes até à primeira metade do século XX. Após algumas décadas de interregno a 6ª geração da família retomou a tradição em 2008, com o lançamento do Moscatel Roxo Superior de 1960. Depois deste regresso aconteceram mais dois lançamentos em 2011 e 2014, do Moscatel de Setúbal Superior de 1955 e do Moscatel de Setúbal Superior 1911, respetivamente. Para o quarto leilão do século XXI, a José Maria da Fonseca manifesta um enorme orgulho e uma honra em apresentar uma edição especial e comemorativa com o Moscatel Roxo de Setúbal Superior de 1918.
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