Com apenas 22 anos, o jovem distinguido é chefe pasteleiro do Grupo Olivier e presenteou o júri com uma sobremesa inspirada na ceia de natal e um semifrio com os sabores exóticos das ilhas da Madeira e Açores, ananás e maracujá
A 2ª Edição do Concurso ‘ADN Pasteleiro’, inserido no programa da 10ª edição do festival gastronómico Peixe em Lisboa que decorre até dia 9 de abril no Pavilhão Carlos Lopes, distinguiu André Morgado, natural de Lisboa e chefe pasteleiro do grupo Olivier com apenas 22 anos. Promover e valorizar o trabalho dos jovens profissionais de pastelaria é o objetivo deste desafio.
Este jovem profissional da pastelaria surpreendeu com a apresentação de uma sobremesa, que como o próprio revelou, juntou todos os sabores da ceia de natal, altura em que decidiu candidatar-se ao concurso e que começou a trabalhar nas ideias para as receitas que iria apresentar no concurso. Foram, portanto, necessários vários meses de trabalho e pesquisa para compor as receitas que hoje apresentou, no Peixe em Lisboa, a um júri conceito composto por José Bento dos Santos (Convidado de Honra); Chefe José Manuel Augusto (Chefe Pasteleiro Escola Valrhona); Chefe Fabian Nguyen (Chefe Pasteleiro Hotel Ritz Four Seasons Lisboa); Chefe Roberto Carlos Martins Horta (Chefe de Pastelaria Hotel Conrad Algarve); Chefe Filipe Soares (Chefe Pasteleiro Hotel Epic Sana Lisboa).
Os paladares do júri ficaram rendidos há mistura dos sabores de uma mousse de chocolate negro, um arroz doce com fava tonka e uma pêra bêbeda que compuseram a sobremesa empratada que apresentou. À qual se seguiu um semifrio com uma mousse de chocolate branco com ananás, uma goma de ananás e maracujá e biscuit de cenoura, que apresentou na prova final.
Para André Morgado, que aos 14 anos abraçou o desafio da gastronomia, “é um orgulho enorme esta distinção” acrescentando que “a pastelaria é um grande desafio, é necessário muito trabalho, muito empenho e uma procura constante por conhecer e saber mais. É mais difícil que a cozinha, é preciso ter muita exatidão, ser quase um cientista, porque o mínimo erro pode estragar o trabalho de muitos meses. Na pastelaria não há meio termo. No entanto, o segredo passa por ser persistente e manter a calma e a concentração, sobretudo nestes desafios de perícia”. André Morgado iniciou o seu percurso profissional em 2015, no Grupo Olivier como pasteleiro e meses depois sucedeu a Francisco Moreira (também vencedor da 1ª Edição do AND Pasteleiro) como chefe pasteleiro do Grupo.
Patrick Mignot renomado especialista gastronómico de origem francesa e responsável pela organização deste desafio mostrou-se satisfeito com a 2ª Edição, revelando a importância de se apostar nas bases e na passagem do conhecimento aos jovens, promovendo a vontade de fazerem cada vez mais e melhor. Este concurso, é uma forma de contribuir para elevar a pastelaria ao nível que ela merece estar no universo gastronómico, pois esta representa um forte motor para a gestão hoteleira e a restauração e os pasteleiros devem estar à altura desse mesmo desafio.
O desafio deste ano consistiu na apresentação de uma sobremesa empratada, assim como dois entremets (semifrios), confeccionados com chocolate. Os concorrentes tiveram de preparar seis sobremesas e que foram empratadas para cada membro do júri e para exposição no evento e ainda dois entremets (semifrios) que continham chocolate e de preferência decorados (um para exposição e outro para prova do júri).
Ao lado de André Morgado (Grupo Olivier), estiveram também os finalistas pasteleiros Alberto Correia (Areias do Seixo), Diana Gravito (Romeiro & Martins) e a estudante Sofia Landeiro (Centro de Formação Profissional para o Sector Alimentar da Pontinha).
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