O projeto WineBioCode desenvolveu um sistema que permite, através de um aparelho, identificar castas a partir do ADN, aliando assim a identificação da composição varietal à origem geográfica de um vinho.
O responsável pelo departamento de Investigação & Desenvolvimento (I&D) da Sogrape Vinhos, Eng.º António Graça, apresentou no recente Congresso Mundial da Vinha e do Vinho, que decorreu em Mainz, na Alemanha, os resultados preliminares do projeto WineBioCode – um estudo que tem como objetivo definir a melhor e mais simples estratégia para a autenticação de um vinho baseada numa abordagem multidisciplinar, incluindo a identificação das castas a partir do seu ADN complementada pela determinação da “impressão digital”, ou seja, a composição varietal aliada à respetiva origem geográfica do vinho.
Perante as crescentes tentativas de práticas fraudulentas no setor, nomeadamente a falsificação de vinhos valiosos, importa conceber métodos rápidos e fiáveis que permitam detetar essas situações. Daí o empenhamento da Sogrape Vinhos neste projeto inovador, no qual é a única empresa a integrar o consórcio do projeto, que conta ainda com diversas instituições académicas e científicas portuguesas, nomeadamente a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) ou o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa.
Esta pesquisa, na qual o envolvimento da Sogrape Vinhos foi apoiado financeiramente pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia (FCT) através do projeto “Desenvolvimento de biossensor para a identificação do Vinho da Região do Douro”, será completada com estudos futuros que visam, nomeadamente, a miniaturização do biossensor ótico, a melhoria da preparação da amostra de ADN para utilização portátil no terreno e o desenvolvimento do método de identificação para genótipos dentro de cada casta (“clones”).
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