Ainda criança participava na vindima e nas atividades da adega algo que é habitual nesta região
Natural de Melgaço, António Luis Cerdeira, enólogo, despertou para o mundo do vinho dada a grande ligação desde sempre da sua família à viticultura. Nascido em 1972 e o seu pai com a colaboração do seu avô plantaram a primeira vinha contínua de Alvarinho em 1974. Ainda criança participava na vindima e nas atividades da adega algo que é habitual nesta região. A ligação a esta atividade conduziu-o ao curso de Enologia na UTAD que concluiu em 1994.
Qual o seu percurso profissional?
Enólogo do Soalheiro desde 1994, adega que cuja gestão coordeno atualmente com os meus pais João António Cerdeira e Maria Palmira dias Cerdeira e a minha Irmã Maria João Dias Cerdeira. Em 1996 assumi as funções de responsável pela Área de Análise Sensorial do Laboratório da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV). Em 1999 além das funções que já desempenhava na CVRVV, assumi as de Responsável do Laboratório. Coordenei a docência da disciplina de Enologia do 4ºano do curso de Engenharia Agrária da Escola da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (Ano letivo 2003/2004 e 2004/2005) e a docência da disciplina de Tecnologia do Vinho e Derivados do 3ºano do curso de Engenharia e Marketing Agro-alimentares da Escola da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (Ano lectivo 2004/2005).
Quais foram os seus maiores desafios?
Assumir a enologia do Soalheiro desenvolvendo a consistência e o nível qualitativo que o meu pai tinha já imprimido ao vinho.
O que acha mais relevante na evolução do Mercado dos vinhos nos últimos anos?
A evolução qualitativa e a diferenciação de estilos de vinho que permitem uma maior e mais simples explicação do potencial dos vinhos portugueses.
O que pensa do serviço de vinhos nos restaurantes?
É sem dúvida uma das grandes evoluções que temos assistido em Portugal.
O que pensa do serviço de vinho a copo?
Excelente, permitindo ajustar cada vinho a cada prato ou simplesmente a quantidade de vinho aos diversos momentos de consumo, nomeadamente criando um momento de consumo fora das refeições em “Bares de Vinho”.
Qual a experiência em restaurante que melhor a impressionou?
Há duas experiencias em geral que me impressionam e felizmente já tive várias. Disfrutar de menus de degustação de vários pratos e vários vinhos com ambos sempre em crescendo de harmonia ou disfrutar do prazer dos restaurantes temáticos de peixe ou carne com especialidades bem definidas.
Qual foi o vinho que provou que mais a sensibilizou?
Vários. Sobretudos vinhos brancos com envelhecimento em garrafa.
O que acha da penetração dos vinhos Portugueses no Mercado mundial?
O crescimento do reconhecimento dos vinhos portugueses em geral e dos Vinhos Verdes em particular no mercado mundial é uma realidade. Estamos em fase de consolidar esse reconhecimento realçando as nossas diferenças e a consistência qualitativa.
por Mário Rodrigues
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