O Governo português votou favoravelmente a introdução de polifosfatos no bacalhau.
A proposta nórdica, que sugeria a introdução de aditivos no processo de salga de bacalhau, teve «luz verde» da Comissão Europeia (CE) no passado dia 1 de Julho, numa reunião do Comité Permanente para a Cadeia Alimentar e Saúde Animal. Na qualidade de presidente da Associação Portuguesa de Turismo de Culinária e Economia (APTECE), José Borralho “repudia este ato e sobretudo o comportamento conivente do Governo”. “Portugal já conta com sete produtos típicos na lista dos produtos em vias de extinção. Não tenho qualquer dúvida que a aprovação desta medida é um atentado às tradições portuguesas e colocará o bacalhau salgado seco, tal como o conhecemos, nesta triste lista”, adiante o presidente da APTECE. Apenas a França e a Croácia votaram contra. Portugal, através de um técnico do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (MAMAOT), votou a favor da proposta. Um desfecho que deixou o sector surpreendido, sobretudo, depois de o Governo português se ter desdobrado em negociações no último ano, no sentido de convencer a CE de que a medida comporta riscos para a saúde dos consumidores.O eurodeputado Capoulas Santos lamenta o recuo do Executivo e Paulo Mónica, secretário-geral da Associação dos Industriais de Bacalhau (AIB), diz que a decisão significa a «destruição da indústria» e representa a «certidão de óbito para as empresas nacionais».
por Mário Rodrigues
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