Do Douro, a Lavradores de Feitoria anunciou no final de 2022 a chegada de um novo “membro” à gama de vinhos terroir: o Vinha do Sobreiro
Um tinto acabado de estrear no mercado, mas com génese na vindima de 2016, e que se junta às novas edições dos conceituados Meruge branco, Meruge tinto e Quinta da Costa das Aguaneiras tinto, que chegam agora às colheitas de 2020, 2019 e 2018, respetivamente. Se o nome da última referência é evidente, relacionando-se com a quinta de onde são oriundas as uvas que lhe dão origem, os dois primeiros fazem jus à meruge, uma planta silvestre, por um lado, e um conceito de vinhos que interpretam a vinha, para melhor a expressar no copo.
Meruge branco 2020 – PVP: €21,99 • Alc.: 13,0% • Acidez Total: 6,3g/L • pH: 3,28
Um branco que homenageia a casta Viosinho no seu terroir de eleição: vinhas de altitude, na sub-região do Cima Corgo. Uvas de parcelas situadas em Celeirós e Mateus – distintas na idade e exposição, mas ambas plantadas em zonas altas e frescas –, com uma acidez e uma mineralidade bastante vincadas, contrabalançadas pela fermentação e pelo estágio em barricas de carvalho português cru, durante 6 meses. Um 100% Viosinho do Douro cheio, complexo e com elevado potencial de guarda. De cor palha citrino, no nariz, o Meruge branco 2020 define-se com uma mão cheia de descritores: muito fresco, aromático, elegante, rico e complexo. Com uma madeira muito bem integrada, apresenta aromas de fruta fresca, como pêra e marmelo, e ligeiras nuances de ananás. À medida que abre no copo, libertam-se aromas a especiarias e a frutos secos, que o tornam muito rico e bastante interessante. Na boca, acompanha nos descritores fresco e aromático. Apresenta um excelente equilíbrio entre estrutura e acidez, suportada por uma fruta branca muito fresca, com alguns frutos secos e ligeiro abaunilhado, resultado do estágio em barricas. É expressivo e harmonioso. Com um final longo e persistente, tem uma frescura que faz prometer longevidade.
Meruge tinto 2019 – PVP: €21,99 • Alc.: 14,5% • Acidez Total: 5,4g/L • pH: 3,68
Um elegante e eloquente tinto, bem diferente do que é o típico Douro, que nasce de duas parcelas plantadas em altitude e viradas a Norte, privilegiando a acidez. Uma em Celeirós e outra em São João da Pesqueira, na sub-região do Cima Corgo. Uma homenagem à Tinta Roriz, jovem e fresca, amaciada por um dueto de Tourigas – Nacional e Franca – de uma vinha velha. Vinificado em lagar, com curta maceração e pouca extracção, fermentação e estágio em barricas de carvalho francês novas, durante um ano, a Lavradores de Feitoria criou, em 2003, um vinho que marca pela diferença: com uma finesse e elegância bastante singulares, aliadas a uma enorme complexidade e potencial de envelhecimento. O Meruge tinto 2019 tem uma cor viva, pouco profunda e com nuances avermelhadas. Passando para o olfacto, é muito rico e elegante, predominando o seu carácter frutado, com aromas a fruta fresca do tipo cereja, amora e algum cassis, bem suportados por especiarias, como café e baunilha, o que lhe confere complexidade e finesse. Na boca, é um tinto muito fresco, com presença de frutos vermelhos, uma acidez equilibrada, taninos suaves e aveludados, o que o torna muito elegante, com um final longo e persistente. Muito equilibrado, promete longevidade.
Quinta da Costa das Aguaneiras tinto 2018 – PVP: €21,99 • Alc.: 14,0% • Acidez Total: 5,5g/L • pH: 3,74
De uma terra quente, situada entre os 200 e 250 metros de altitude em Gouvinhas, na margem direita do rio Douro, sub-região do Cima Corgo, e de uma vinha com exposição Sul, nascem uvas generosas e plenas de concentração, assumidamente maduras, mas sem sobrematuração. O Quinta da Costa das Aguaneiras é um vinho onde a Touriga Nacional é abraçada pela Tinta Roriz, pela Touriga Franca e por uma complexa mistura de castas autóctones, plantadas em Vinhas Velhas. Com fermentação em lagares de granito e estágio em barricas de carvalho francês novas, durante um ano, é um vinho cheio e poderoso. Uma homenagem aos típicos tintos do Douro: encorpados, com fruta madura, complexidade, estrutura e capacidade de evolução. Já com selo de qualidade da crítica mundial, traduzida em 90 pontos Robert Parker, o Quinta da Costa das Aguaneiras tinto 2018 apresenta uma cor vermelha viva, intensa e profunda. No nariz, é bastante frutado, intenso e complexo. Salientam-se aromas de fruta vermelha madura – como amora, ameixa e ligeiro cassis – e notas de frutos secos e baunilha, provenientes do seu estágio em madeira. No paladar, a primeira sensação é de frescura, plena de fruta e equilíbrio. Com taninos suaves, apresenta uma boa acidez e uma excelente estrutura, que lhe proporcionam um bom final de boca fresco e longo. Promete longevidade.
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