Quase a completar 20 anos no sector dos vinhos, o Grupo Amorim estende agora o seu portfolio do Douro até ao Dão, com a aquisição da Taboadella, uma propriedade de 50 hectares, reconhecida como uma das mais importantes manchas de vinha da região a 520 metros de altitude.

“Este passo foi pensado há alguns anos, mas só agora tivemos a oportunidade de adquirir uma quinta, onde será possível desenvolver um projeto de enorme qualidade. Temos uma estratégica familiar bem definida e acreditamos muito no conceito de pequenos Châteaux de vinhos em Portugal. A par da Quinta Nova no Douro, esta quinta é uma das mais antigas do Dão e o passo certo para construirmos um projeto de referência nesta região clássica, berço da Touriga Nacional com uma adega e um conceito próprio”, refere Luísa Amorim, administradora da Quinta Nova N. S. Carmo.

Localizada em Silvã de Cima e geograficamente bem posicionada entre dois vales – Vale do Pereiro e Vale de Sequeiros, a Taboadella conta com uma das maiores vinhas de altitude da região – 40 ha no total -, fator primordial para produzir vinhos com elevada frescura. Esta mancha de vinha, localizada junto à Ribeira das Fontainhas, usufrui de uma magnífica exposição solar, de nascente a poente, em solos com micas de granito branco e preto, para além de calcário, quartzo e ortoclásio, características únicas que vão permitir uma grande elegância e longevidade dos vinhos aqui produzidos.

A Taboadella (nome antigo com dois LL) denuncia uma enraizada tradição agrícola e vitícola, que remontam ao período romano e época medieval. Com um casario envolto por um jardim secular, está prevista a abertura de um centro de enoturismo com visitas guiadas pela adega, provas e loja de vinho, de forma a articular uma dinâmica entre os dois terrroir-  Dão e o Douro.

Para este ano arrancará a vindima em modo experimental, testando o potencial das uvas da propriedade e, em 2019, serão partilhados com o mercado alguns ensaios  elaborados pela dupla de enologia e viticultura, Jorge Alves e Ana Mota. O lançamento do projeto com uma adega nova está previsto apenas para 2020.

Luísa Amorim destaca que “O Dão é para nós uma das regiões mais emblemáticas e promissoras do país, berço de grandes vinhos de perfil clássico e enorme longevidade, um terroir histórico e único que não só demonstra todo o potencial da Touriga Nacional e do Encruzado, mas também das castas tradicionais portuguesas. Viemos para investir numa região que tem uma grande história e que terá certamente um grande futuro”.