O lançamento de uma nova colheita de Legado é sempre um acontecimento vivido com uma especial emoção no universo Sogrape, já que este vinho celebra não só aquilo que a região do Douro tem de melhor, como evoca, com uma elevada carga simbólica, uma história empresarial e familiar de mais de 75 anos que Fernando Guedes se orgulha em transmitir às gerações vindouras.
Legado 2013, que agora chega ao mercado na sua sexta edição, consolida o estatuto de um vinho assumidamente diferente, fruto do desejo de perpetuar a melhor tradição através de uma singela homenagem prestada a uma vinha centenária de rara beleza localizada nas margens da Ribeira do Caêdo, a montante do Pinhão, onde o Douro se exprime em plenitude.
O objetivo mantém-se desde a primeira hora, quando em 2008 Fernando Guedes lançou o desafio à equipa de enologia da Sogrape Vinhos no Douro, promovendo a criação de um vinho capaz de transmitir a especificidade do extraordinário terroir onde nasce e de sublinhar a grandiosidade da obra iniciada em 1942 por seu Pai, Fernando van Zeller Guedes, o visionário fundador da Sogrape. “Este vinho retrata tudo aquilo que aprendi e recebi de meu Pai”, reforça Fernando Guedes, presidente da Sogrape.
“Declarar uma colheita de Legado é sempre o culminar de um processo criativo com dose extra de emoção e de responsabilidade, dado o enquadramento muito particular que presidiu à conceção deste vinho”, explica Luís Sottomayor, o enólogo que assina mais uma edição e para quem o Legado 2013 se apresenta “ao melhor nível dos seus antecessores, potenciando a qualidade excecional das uvas cuidadosamente colhidas das cepas centenárias”.
Vinificado na adega da Quinta da Leda, no Douro Superior, e acabado nas caves de Vila Nova de Gaia, onde estagiou dois anos em barricas novas de carvalho francês, Legado 2013 revela-se, segundo Luís Sottomayor, “um tinto de grande complexidade e enorme classe, dignificando a vinha que o viu nascer”.
Legado 2013 apresenta uma cor rubi e aroma de excelente complexidade, marcado por notas florais, aromas balsâmicos a resina e algum mentol. Revela ainda fruta vermelha e um nariz algo pedregoso, com notas ligeiramente apimentadas e madeira de grande qualidade, muito bem integrada. Na boca tem uma acidez viva, que lhe confere uma grande frescura, bem como taninos firmes e bem envolvidos a conjugar com sabores florais e a frutos vermelhos. O seu final é sólido e consistente.
A vinha velha que fascinou Fernando Guedes beneficia de uma exposição solar privilegiada, a poente, com sol abundante e generoso. As castas, também dos tempos dos antigos, incluem as clássicas Touriga Franca e Touriga Nacional, mas num recente trabalho de identificação no terreno resultaram ainda nomes como Rufete, Tinta Amarela, Sousão, Tinta da Barca, Tinta Roriz, Tinto Cão ou Donzelinho.
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