A Comissão Nacional da UNESCO acaba de inscrever o Complexo Industrial Romano de Salga e Conserva de Peixe, as Ruínas Romanas, em Tróia na lista indicativa de Portugal ao Património Mundial
Esta inscrição decorre no âmbito da atualização da Lista Indicativa de Portugal ao Património Mundial que ocorre de 10 em 10 anos.
A Lista Indicativa reúne os bens patrimoniais com valor universal excecional que ficam habilitados a fazer uma candidatura à classificação de Património Mundial. A nomeação reconhece, assim, a importância e singularidade das Ruínas Romanas de Tróia, Monumento Nacional desde 1910, enquanto maior centro de produção de salga de peixe e seus derivados conhecido na geografia do antigo Império Romano.
Segundo a arqueóloga responsável pelas Ruínas Romanas de Tróia, Inês Vaz Pinto, “a Comissão Nacional da UNESCO, baseando-se nos critérios da Convenção do Património Mundial, reconheceu a singularidade deste sítio arqueológico, pois trata-se do maior complexo de salgas de peixe que se conhece no antigo mundo romano. O facto do nosso centro de produção estar articulado com um aglomerado urbano com equipamentos residenciais, funerários e cultuais reforça ainda o seu carácter excecional.”
A lista Indicativa inclui, igualmente, como critério de análise e reconhecimento a autenticidade e integridade do sítio, tendo em conta o bom estado de conservação de muitos dos seus componentes, que permite uma leitura do funcionamento dos edifícios do aglomerado.
As Ruínas Romanas de Tróia, integradas no TROIA RESORT, são um extenso aglomerado urbano-industrial, ocupado desde o século I ao século V, e que se estende ao longo de 2 km com 25 oficinas de salga identificadas. Inclui ainda casas, termas, cemitérios, um mausoléu e uma basílica paleocristã com pinturas murais. Desde 2011 que o sítio arqueológico tem um percurso de visita aberto ao público.
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