Empresário da indústria dos mármores, Marcolino Sebo deu início aos investimentos na cultura da vinha em 1975, vendendo a uva à Adega Cooperativa de Borba, tendo a partir de 2000 passado a fazer a vinificação

Transformado em paixão familiar, a produção de vinho estende-se hoje por 6 propriedades. No concelho de Estremoz temos a Herdade da Cerca, Herdade da Pacheca e Quinta da Pinheira (onde se localiza a sede). No concelho de Borba encontramos o Monte da Vaqueira, o Monte do Estevalinho e Tapada da Pedreira.

Estamos perante um total de 130ha plantados, uma produção de 8 a 10ha por tonelada e 1 milhão de kg de produção, mas com capacidade instalada que permite ir até 1 milhão e meio. Nos brancos a primazia das castas vai para Antão Vaz, Roupeiro ou Síria e Chardonnay, enquanto nos tintos temos o Aragonês, Alicante Bouchet, Touriga Nacional, Syrah,  Alfrocheiro, Tinta Caiada, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e 1ha de Tannat para experiências, correspondendo a produção total em 85% tintos e 15% brancos.

Nos vinhos podemos destacar uma linha de 4 monocastas QP: um Chardonnay, um Touriga Nacional, um Syrah e um Aragonês, tendo também uma Colheita Selecionada.

Prometendo longevidade, o Visconde de Borba Garrafeira de 2011 e o Visconde de Borba Reserva 2012 são dois vinhos tintos de topo também em realce, cheios de personalidade e excelente final de boca.

Estamos a falar de um produtor alentejano com uma gama de vinhos bastante equilibrada e cativante, em particular os monocastas e os dois Visconde de Borba, cuja responsabilidade é do enólogo Jorge Santos, na empresa desde 2000. Desta empresa familiar, Marcolino Sebo tem os seus dois filhos na gestão: Sónia Sebo com a responsabilidade financeira e Luís Sebo na produção, sendo de realçar a excelente e coesa equipa.

Mais informações em: www.marcolinosebo.com/index.php/pt/

texto Mário Rodrigues
edição Rita Lisboa