A revista WINE – A Essência do Vinho revelou aqueles que considera ‘Os Melhores do Ano 2016’, tendo a Real Companhia Velha visto um dos seus vinhos distinguido, o ‘Carvalhas Memories’, que foi eleito Top 10 Wine e o enólogo Jorge Moreira como ‘Enólogo do Ano’

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Atualmente, Jorge Moreira tem o seu projeto pessoal de vinhos – Poeira –, é diretor de enologia da Real Companhia Velha, enólogo da Quinta de la Rosa e dos vinhos Passagem / Quinta das Bandeiras (joint venture entre la Rosa e Poeira). Para além do Douro, é um dos homens da M.O.B., no Dão. Cursou enologia sem saber muito bem ao que ia, seguiu-se uma experiência como vendedor de lareiras, mas foi na Real Companhia Velha que pôs as mãos à vinha pela primeira vez. Os resultados ditaram que de estagiário passasse a enólogo responsável pela Quinta de Cidró. “Ainda hoje, com orgulho indisfarçável, o presidente da Companhia, Pedro Silva Reis, recorda que foi a empresa que apostou em Jorge Moreira e lhe pagou o primeiro salário ligado ao vinho.”, referem as páginas na WINE.

“Discreto, Jorge Moreira é dos nomes maiores da geração de enólogos que revolucionou o Douro nas últimas duas décadas. Com ele, os Poeira posicionaram-se entre os lançamentos mais aguardados, os vinhos da Real Companhia Velha ganharam um brilho e uma consistência de se aplaudir, e la Rosa posicionou-se entre os bons produtores do Douro. O maior elogio que lhe podemos fazer é precisamente o de elogiar os projetos onde participa. Jorge Moreira faz brilhar os vinhos que elabora, não fazendo a mínima questão de ser ele o centro das atenções. Isso diz muito da sua personalidade, mas espelha sobretudo uma enorme e justificadíssima confiança no trabalho que concretiza. Em 2016 celebrou 20 anos como enólogo (…). Venham de lá muitos outros, a bem de quem aprecia grandes vinhos. Até porque nele vamos certamente continuar a depositar o crédito que possamos ter em alguém que é rigoroso, criativo, focado e certeiro.”, continua a revista.

No que toca aos vinhos, a WINE elegeu um painel de dez vinhos de topo, onde se inclui o ‘Carvalhas Memories’, um singular vinho do Porto – Very Old Tawny – lançado para celebrar o 260.º aniversário da Companhia. Uma edição muito especial, limitada a 260 garrafas numeradas e a custar pouco menos de três mil euros. A história deste valioso néctar remonta à vindima de 1867, na Quinta das Carvalhas, uma das mais proeminentes propriedades do Alto Douro que se destaca na paisagem duriense pela sua beleza e pela espetacularidade das suas vinhas. Trata-se, verdadeiramente, de uma recôndita memória viva do século XIX, preservada no tempo com meticuloso cuidado e quase religiosa devoção, inicialmente nas caves da reputada firma Miguel de Sousa Guedes e, mais tarde, em meados do século XX, por incorporação desta empresa, deixada aos cuidados das sucessivas gerações de mestres de cave da Real Companhia Velha.