O projeto ‘Oficina’, situado na Rua de Miguel Bombarda, no “coração” do centro artístico e da vida noturna do Porto, tem uma nova e surpreendente proposta que consiste, exclusivamente ao almoço, em sentar os convivas de forma aleatória à volta da mesa e servir iguarias da cozinha tradicional portuguesa

oficina

Este serviço de almoço em mesa comunitária é praticado na sala do piso 1 do “Oficina” restaurante que articula as inovadoras propostas de arte contemporânea e as inspirações culinárias do Chef Marco Gomes.

Assim e enquanto o piso térreo mantém o serviço “à carta”, na sala superior, com uma mesa onde cabem 25 pessoas, “cada cliente chega e senta-se onde houver lugar, tendo acesso a especialidades da cozinha portuguesa diferentes consoante o dia da semana”. Outra das novidades é o serviço, já que este é feito “sem empratamento, pois é quase tudo cozinhado em tacho e os clientes podem repetir à vontade”, aponta o Chef Marco Gomes, sintetizando que “isto é cozinha tradicional pura e dura”.

O menu contempla um ‘couvert’ de pão e azeite com vinagre balsâmico, uma sopa ou creme “sempre diferentes, mas tradicionais e mais fortes no Inverno”. Segue-se o prato de referência do dia, que será anunciado semanalmente e fixado diariamente. Uma sobremesa, também diferente todos os dias e tendo a fruta como alternativa, além de água, vinho branco ou tinto (de várias regiões) a copo e café completam a nova proposta de almoço, que está disponível por 19,50 euros, entre as 12h30 e as 15h00, de segunda a sexta-feira.

O ‘Oficina’, que faz dos tempos passado, presente e futuro uma amálgama de desejos, de espaços de sedução e inesperados encontros, não pretende ser apenas mais um restaurante. Numa apropriação de Magritte, dir-se-ia mesmo que o ‘Oficina’ não é um restaurante, pelo menos no sentido clássico e restritivo do termo, pois todo o seu conceito está ancorado numa sólida ideia de partilha, de diversidade, de descoberta, de fusão, até de apropriação das narrativas propiciadas por múltiplas aproximações a dois universos na aparência tão distantes e, afinal, tão próximos: a Gastronomia e a Arte.

O próprio edifício, na Rua de Miguel Bombarda, corporiza uma inusitada capacidade de transformação, já que foi, em tempos, um espaço de reparação de automóveis. As reminiscências permanecem, como numa tela reutilizada por um pintor, e os traços de identidade não foram apagados nem escondidos. Antes foram valorizados pelo especialista em design de interiores Paulo Lobo, de modo a comporem um novo discurso estético e arquitetónico, a que se acrescenta uma intervenção artística de Pedro Cabrita Reis.

Rua de Miguel Bombarda, 273-282
Porto