Uma entrevista com a mulher enóloga e administradora da Lavradores de Feitoria que foi eleita a “Executiva do ano de 2013”

Engª Olga Martins 600

Olga Martins, administradora da Lavradores de Feitoria, natural de Angola, afirma que houve dois momentos marcantes para a sua carreira no mundo do vinho; “um, quando decidi trocar o curso de engenharia química pelo de enologia. Nessa altura achei que seria uma área interessante e quis experimentar. Mas o momento mais marcante foi quando tive o primeiro estágio na Quinta do Noval e vi que era exactamente isto que eu queria fazer”.

Qual o seu percurso profissional?
Depois de terminar a licenciatura fui estagiar para Bordéus onde passei 3 meses como estagiária. Fui então convidada a integrar a equipa do ClubVintage.com, um site sobre vinhos portugueses e aqui tive oportunidade de viajar por todas as regiões vitícolas portuguesas e provar muitos vinhos. Quando estava nestas funções fui convidada para o departamento comercial da Lavradores de Feitoria. Aqui fiquei como directora comercial e fui mais tarde desafiada a fazer parte do Conselho de administração da empresa. Finalmente passei a CEO da empresa, cargo que desempenho hoje.

Quais foram os seus maiores desafios?
Internacionalizar, de forma sustentada e consistente, as marcas da Lavradores de Feitoria.

O que acha mais relevante na evolução do Mercado dos vinhos?
A maior formação/informação tornou os consumidores mais atentos e conhecedores, e isso é o melhor que pode acontecer para o sector. Obriga os produtores a trabalhar melhor e a fazer cada vez melhores vinhos (o que se tem verificado) e a promovê-los melhor.

O que pensa do serviço de vinhos nos restaurantes?
Acho que tem melhorado imenso e temos profissionais ao nível dos melhores do mundo. Mas infelizmente ainda são poucos os restaurantes que valorizam este serviço.

Qual foi o melhor vinho que teve oportunidade de provar?
O que mais me marcou foi um Quinta do Noval Nacional 1963

Qual a experiência em restaurante que melhor a impressionou?
Felizmente tenho muito boas experiências, mas um dos jantares que foi mais memorável foi no Le Bernardin, em Nova Iorque.

O que acha da penetração dos vinhos Portugueses no Mercado mundial?Acho que os produtores têm feito um esforço gigantesco para aumentar a nossa presença nos vários mercados. Mas também sei que ainda há muito por fazer.

por Mário Rodrigues