Uma equipa de vários investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) acaba de datar uma das oliveiras presentes no recinto do Hotel Horta da Moura, em Reguengos de Monsaraz

oliveira 350

Tem 2450 anos e foi datada através de um método científico inovador desenvolvido na academia da UTAD sediada em Vila Real. Segundo a UTAD esta é a segunda árvore certificada mais antiga de Portugal. A mais antiga árvore portuguesa conhecida é uma oliveira com 2.850 anos e foi também certificada pela UTAD há dois anos, em Santa Iria de Azóia. A oliveira de Monsaraz, cujo tronco precisa de sete homens para o abraçar, recebeu a “certidão de idade” num ato público decorrido na passada quarta-feira dia 18, na aldeia típica, localizada no concelho de Reguengos de Monsaraz. O método de datação foi desenvolvido pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em parceria com a empresa “Oliveiras Milenares, e tem como mentores os investigadores do departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista José Luís Louzada e Pacheco Marques. Esta metodologia consiste num cálculo, que é feito através de um modelo matemático que relaciona a idade com uma característica dendrométrica do tronco, como seja o raio, diâmetro ou perímetro do tronco. Recorre-se ainda o estudo de outras árvores, com características idênticas, para depois, de forma comparativa, se ir preenchendo a parte interior como se fosse um puzzle. A oliveira de Monsaraz faz parte de um conjunto de sete, inseridas nos espaços de uma unidade hoteleira local, que a UTAD acaba de certificar. A direção do hotel pretende criar um percurso histórico dentro dos sete hectares que rodeiam a unidade e associar a idade das oliveiras a acontecimentos marcantes da história: a Rota das Oliveiras.